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Internamentos sociais aumentam 8% e custam mais de 288 milhões ao Estado

16 abr, 2025 - 00:02 • Anabela Góis

Número de internamentos sociais cresceu 8% num ano, totalizando 2.342 casos e custos superiores a 288 milhões de euros, segundo o barómetro da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, que será apresentado esta quarta-feira.

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Voltaram a aumentar os chamados internamentos sociais, ou seja, pessoas que permanecem nos hospitais mesmo após receberem alta clínica, por não terem para onde ir.

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Entre março de 2024 e março de 2025, foram registados 2.342 internamentos sociais, mais 178 do que no período homólogo, o que representa um aumento de 8%. Estes dados constam da 9.ª edição do Barómetro de Internamentos Sociais, elaborado pela EY Portugal para a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

Os internamentos sociais representavam, em março, 11,7% do total de internamentos nos hospitais públicos, com um custo anual para o Estado que pode ultrapassar os 288 milhões de euros, mais 28 milhões do que no barómetro anterior.

Só em março deste ano, os custos com internamentos sociais ultrapassaram os 94 milhões de euros, muito acima dos 68 milhões registados no mesmo mês do ano passado.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte concentram 80% do total de internamentos inapropriados a nível nacional.

Apesar do aumento de casos, o tempo médio de internamento desceu 10%, fixando-se agora em 157 dias, o equivalente a cerca de cinco meses.

A principal razão apontada para a permanência prolongada destes doentes nos hospitais continua a ser a falta de resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados, que justifica 38% dos internamentos sociais. Esta falha tem maior impacto na região Centro, onde representa 76% dos casos, seguindo-se o Alentejo com 46% e o Algarve com 41%.

Já a falta de vagas nas Estruturas Residenciais para Idosos está na origem de 29% dos casos em todo o país, com impacto mais significativo em Lisboa e Vale do Tejo, onde chega aos 32%.

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