17 abr, 2025 - 12:00
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, diz que “são positivas algumas das medidas do Ministério da Educação” que permitiram ter mais seis mil docentes este ano nos estabelecimentos de ensino, mas entende que “não é possível dizer, infelizmente, que a partir do próximo ano letivo, os alunos vão ter professores a todas as disciplinas”.
Numa reação à entrevista do ministro Fernando Alexandre ao "Hora da Verdade.", Filinto Lima lembra que “neste momento, embora talvez em menor número, nas escolas de Lisboa e Vale do Tejo e também em algumas do Algarve, ainda há alunos que estão sem professores”.
O presidente da ANDAEP mostra-se satisfeito com a promessa do ministro da Educação de duplicar o número de psicólogos com vínculos aos quadros de escola. Filinto Lima sublinha ser “muito importante que estes técnicos especializados passem para os quadros das escolas. São técnicos que fazem muita falta num numa escola e fazem um trabalho de excelência”.
Aos psicólogos, o responsável junta outros profissionais, como os terapeutas, os assistentes sociais, os mediadores de conflitos e os educadores sociais.
Já quanto à indicação de que haverá obras em curso no segundo semestre de 2026, em escolas que precisam de ser requalificadas, Filinto Lima diz que “é muito importante não visualizar mais imagens de alunos que levam para algumas escolas as mantinhas para se aquecerem ou visualizar algumas fotografias onde se percebe que em alguns espaços de certas escolas chove”. Por isso, diz, “é preciso passar à prática. Não vale só prometer, não vale só fazer o diagnóstico. É preciso operacionalizar”.
Por último, o presidente da ANDAEP aplaude as palavras do ministro Fernando Alexandre, quando diz que o Governo quer valorizar os diretores de escolas, que devem ser melhor remunerados. “Muitas vezes os diretores e as equipas diretivas são um pouco esquecidas no sistema educativo. É necessário valorizar e dignificar a função de de um diretor, quer ao nível da remuneração, quer também ao nível da progressão na carreira”, diz.