17 abr, 2025 - 14:57 • Lusa
Oito urgências vão estar fechadas no sábado e dez no domingo, a maioria de obstetrícia e ginecologia na região de Lisboa e Vale do Tejo, indica esta quinta-feira o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No fim de semana prolongado de Páscoa, os constrangimentos serão menores no feriado de sexta-feira, dia em que apenas estarão encerrados os serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia dos hospitais Garcia de Orta, em Almada, e Amadora-Sintra.
De acordo com os dados atualizados no portal do SNS às 13h50, no sábado o número de urgências fechadas sobe para oito, seis das quais de obstetrícia e ginecologia, em Almada, Barreiro, Castelo Branco, Vila Franca de Xira, Aveiro e Leiria.
A estas juntam-se as urgências de pediatria dos hospitais de Vila Franca de Xira e Beatriz Ângelo, em Loures.
O dia com maiores constrangimentos de funcionamento nas urgências será no domingo de Páscoa, quando dez serviços estarão encerrados, sete de obstetrícia e ginecologia e três de pediatria.
De obstetrícia e ginecologia vão estar fechadas as urgências dos hospitais Garcia de Orta, Amadora-Sintra, de Setúbal, de Vila Franca de Xira, de Santarém, de Abrantes e de Leiria, enquanto da especialidade de pediatria estarão encerradas as urgências de Vila Franca de Xira, de Loures e de Torres Vedras.
Dia Mundial da Saúde
No Reino Unido, Alemanha ou Países Baixos, ninguém(...)
As escalas disponibilizadas no portal do SNS indicam ainda que cerca de 130 serviços de urgência estarão abertos em todo o país durante o fim de semana prolongado, a que se juntam mais de 30 de ginecologia e obstetrícia que estarão a funcionar, mas no âmbito do projeto-piloto, que implica um contacto prévio das utentes com a linha SNS 24.
Os constrangimentos dos serviços de urgência devem-se, sobretudo, à falta de médicos especialistas para assegurarem as escalas, uma situação que é mais frequente em períodos de férias, como o verão e final de ano, e fins de semana prolongados.
As dificuldades de funcionamento dos serviços de urgências têm sido mais evidentes em Lisboa e Vale do Tejo, a região do país onde também mais utentes não têm um médico de família atribuído.
Hoje no Porto, o diretor o diretor executivo do SNS garantiu que "ninguém deixará de ser atendido" no fim de semana de Páscoa, desvalorizando o encerramento de urgências neste período.
Admitindo que Lisboa e Vale do Tejo é das regiões mais afetadas, Álvaro Almeida reconheceu que "há falta de recursos humanos nessa zona", e que é "extremamente difícil completar escalas sobretudo em períodos de férias ou de feriados".
Na terça-feira, a Direção Executiva do SNS (DE-SNS) adiantou à Lusa que estava continuamente em contacto com as Unidades Locais de Saúde (ULS) para coordenar a resposta da rede do SNS, referindo que os 10 encerramentos previstos para domingo representam 6% dos cerca de 170 serviços que compõem a rede de urgências públicas.
"A médio prazo, a DE-SNS continua a trabalhar numa solução multidimensional para resolver o encerramento temporário de algumas urgências, que passará pela criação de condições para a atração de mais médicos especialistas para as ULS onde se verifica esta dificuldade", avançou a ainda a entidade que tem a função de gerir a rede de unidades de saúde em Portugal continental.
Na obstetrícia, área em que se verificam mais constrangimentos no próximo fim de semana, através de um contacto prévio para a Linha SNS Grávida, as utentes "são devidamente encaminhados para o serviço mais adequado à situação clínica que apresentam", assegurou ainda a DE-SNS.