17 abr, 2025 - 15:41 • Anabela Góis com Redação
No Dia Mundial da Hemofilia, que se assinala esta quinta-feira, os especialistas alertam para o subdiagnóstico dos problemas hemorrágicos nas mulheres.
Susana Nobre Fernandes, responsável pelo Centro de Referência de Coagulopatias Congénitas do Hospital de São João, explica em declarações à Renascença que a hemofilia é "uma doença genética que afeta a coagulação do sangue".
A responsável pelo Centro de Coagulopatias Congénitas acredita que a doença é considerada rara nas mulheres por "estarem subdiagnosticadas". Não existem dados concretos que confirmem a incidência das doenças no sexo feminino, mas Nobre Fernandes assinala que "anualmente temos um incremento bastante alto de mulheres diagnosticadas" e que, de momento, há duas mulheres com hemofilia e "mais de 100 mulheres com doença de Von Willebrand diagnosticada".
A física realça a importância da procura de ajuda especializada a "mulheres, crianças e jovens" que sofram com hemorragias com uma densidade superior à habitual: "procurem a ajuda de alguém que lhes possa fazer ou excluir o diagnóstico de uma patologia como as coagulopatias".