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Suspeito de homicídio de jovem de 19 anos em Braga não se dá como culpado

18 abr, 2025 - 11:45 • Olímpia Mairos , com redação

Advogado garante que Mateus Machado não é o autor do crime e nega que o suspeito estaria a tentar fugir às autoridades.

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O suspeito de matar um jovem de 19 anos junto ao Bar Académico, em Braga, “não se vai dar como culpado”. A garantia foi deixada esta sexta-feira pelo advogado.

António Falé de Carvalho assegura, em declarações registadas pela CNN Portugal, que Mateus Machado não é o autor do crime.

“Os contactos que eu tenho tido com o arguido têm sido esporádicos, só hoje à tarde, após esta diligência aqui na PJ de Braga, é que eu vou falar sobre a posição que vamos tomar amanhã”, diz.

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Questionado sobre se o suspeito se vai dar como culpado, o advogado garante que “não, porque tudo indica que não foi ele que assassinou o infeliz do Manuel. Estava lá na mesma hora, mas não quer dizer que tenha sido ele o assassino”.

António Falé de Carvalho nega, ainda, que o suspeito Mateus Machado estaria a tentar fugir às autoridades.

“Não é propriamente fugido, a comunicação social disse que ele estava fugido em Castelo Branco, mas não estava fugido, estava lá a viver com a namorada”, garante.

Suspeito vai ser ouvido esta tarde

O suspeito de matar o jovem de 19 anos vai ser ouvido esta tarde na PJ em Braga. Foi identificado e localizado pela PJ, tem 27 anos, e está indiciado por homicídio qualificado "com utilização de arma branca".

As informações disponíveis apontam que o crime aconteceu pelas 5h30 do dia 12 de abril, em Braga. "Por motivos ainda não totalmente esclarecidos", aponta a PJ, "elementos de dois grupos distintos foram expulsos do estabelecimento comercial após uma discussão verbal".

"Depois, já no exterior do bar, voltaram a envolver-se em confrontos, desta vez com agressões físicas, tendo o suspeito, utilizando uma faca, golpeado a vítima, um jovem de 19 anos, na zona torácica e membro superior direito, lesão que veio revelar-se fatal, apesar do socorro de emergência" do INEM, esclarece a Polícia Judiciária, apontando ainda que o agressor "que já se encontrava em fuga, refugiado numa zona isolada do interior do país e a preparar-se para fugir para o estrangeiro".

Segundo o que foi inicialmente relatado, a altercação terá começado dentro do bar, depois de o jovem que foi morto ter denunciado a colocação de uma substância na bebida de uma jovem.

Depois do crime, ocorreram já duas tentativas de incendiar o espaço da Associação Académica da Universidade do Minho — uma na tarde de domingo, outra na madrugada de quarta-feira, segundo a Rádio Universitária do Minho (RUM). A primeira tentativa levou os vários grupos culturais da Universidade do Minho, alojados no rés-do-chão que funciona como entrada para o Bar Académico, a retirar do espaço os instrumentos.

A Universidade do Minho — proprietária do edifício, cedido à Associação Académica — determinou, na terça-feira, o encerramento do espaço por tempo indeterminado, depois de uma reunião entre o reitor da universidade, o presidente da Associação Académica, a PSP e de uma visita ao local. Esse encerramento tirou aos grupos culturais o acesso aos seus espaços, de acordo com a RUM.

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