21 abr, 2025 - 09:10 • Olímpia Mairos
Polícias, secretas e Governo. Todos terão aprovado a retirada do Relatório anual de Segurança Interna o capítulo que fazia referência à extrema-direita e às ameaças de grupos antissistema.
A decisão foi debatida e aprovada numa reunião do Gabinete Coordenador de Segurança, a 21 de março que contou com a presença das ministras da Administração Interna e da Justiça. A notícia é avançada esta segunda-feira o Diário de Notícias.
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De acordo com o jornal, o texto, elaborado pela Polícia Judiciária, alertava para a presença em Portugal do grupo neonazi internacional Blood & Honour, classificado como terrorista em vários países e cujas contas bancárias foram canceladas no Reino Unido em janeiro.
No texto retirado destacava-se o recrutamento de jovens, via plataformas online, por movimentos extremistas aceleracionistas e satânicos e alertava-se para a radicalização de menores assim como para a falta de uma posição comum, sobretudo a nível da União Europeia, face a estes grupos extremistas, o que pode gerar a criação de refúgios seguros (“safe haven”) para o desenvolvimento de atividades.
Entretanto, numa primeira reação, o gabinete da ministra da Justiça não comenta. Num contacto feito pela Renascença, o Ministério da Justiça diz que Rita Júdice nunca se pronunciou publicamente sobre o RASI e não o fará nesta altura. A Renascença aguarda ainda uma resposta do Ministério da Administração Interna.
O RASI final foi aprovado a 28 de março no Conselho Superior de Segurança Interna (CSSI), presidido pelo primeiro-ministro.