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Portugal registou 14 casos de sarampo desde o início do ano

22 abr, 2025 - 15:28 • Lusa

Dados da Direção-Geral da Saúde dão conta que, dos 14 casos confirmados, oito foram registados em pessoas não vacinadas.

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Portugal registou 14 casos confirmados de sarampo, oito dos quais em pessoas não vacinadas, desde o início do ano, revelam dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgados esta terça-feira.

"Desde janeiro de 2025, foram identificados 14 casos confirmados de sarampo, um caso na região Centro e 13 casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, tratando-se de casos importados ou relacionados com casos importados", refere a DGS num balanço pedido pela agência Lusa.

Segundo a DGS, os casos confirmados correspondem a nove adultos, com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos, e cinco crianças, entre os cinco meses e os seis anos, encontrando-se todos clinicamente bem.

Em 2024, foram notificados 35 casos confirmados de sarampo, após dois anos sem registo de casos.

A DGS salienta que Portugal tem uma cobertura vacinal para o sarampo elevada, o que diminui a probabilidade de surtos de grande dimensão, mas alerta que "a introdução de novos casos pode acontecer, e promover a disseminação em comunidades cuja cobertura vacinal não seja tão elevada".

A autoridade de saúde ressalva que "não são esperados surtos de grande dimensão".

Apesar de a vacinação contra o sarampo ter tido sempre uma adesão elevada em Portugal, sendo um dos principais fatores para a eliminação da doença e para a prevenção de surtos, a DGS manifesta preocupação e afirma que está a "acompanhar a crescente hesitação vacinal em vários países do mundo, que terá impactos no aumento da circulação de doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo".

A DGS adianta que monitoriza em permanência a situação epidemiológica na Europa e no mundo, assegurando, igualmente, "uma comunicação de proximidade com os profissionais de saúde em Portugal, alertando-os para a importância de manter um elevado grau de suspeição perante todos os casos clinicamente compatíveis com a doença, e para a necessidade da respetiva notificação atempada".

"Sempre que se verifique alteração do perfil epidemiológico atual do sarampo, mantém-se a divulgação regular de informação sobre eventuais casos identificados, nomeadamente, através da publicação de boletins epidemiológicos, como sucedeu com a reativação em 2024 dos boletins epidemiológicos relativos ao sarampo", salienta à Lusa.

De acordo com o relatório Síntese Anual da Vacinação 2024 do Programa Nacional de Vacinação (PNV) da DGS, a cobertura vacinal da primeira dose da vacina contra o sarampo, a parotidite epidémica e a rubéola (VASPR), nas crianças que completaram dois anos, foi de 98% em 2021.

A DGS recorda que a proteção da população depende da manutenção das elevadas coberturas vacinais, reforçando-se a necessidade de adesão contínua ao Programa Nacional de Vacinação.

"As vacinas são seguras e a forma mais efetiva de proteção contra as doenças evitáveis por vacinação", realça a DGS.

O sarampo apresenta um quadro inicial com febre alta, tosse, rinite e/ ou conjuntivite. Alguns dias depois, surge uma erupção cutânea característica, que se espalha pelo corpo.

"Embora a maioria dos casos evolua sem complicações, a doença pode causar problemas graves, como pneumonia, encefalite e mesmo a morte, muito mais frequentes em pessoas não vacinadas", refere a autoridade de Saúde.

A DGS apela para o contacto com a linha SNS24 (808 24 24 24) perante qualquer suspeita de sarampo.

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