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Trabalhadores do Metro de Lisboa fazem greve a partir de maio

23 abr, 2025 - 18:32 • Lusa

Paralisação abrange trabalho suplementar e eventos especiais.

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Os trabalhadores do Metro de Lisboa decidiram em plenário fazer greve ao trabalho suplementar e eventos especiais, a partir de maio, medida que já terá impacto na final da Liga dos Campeões de futebol feminino, em 24 de maio.

Segundo avançou à Lusa Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), já ficou "decidido e fechado" nos dois plenários de trabalhadores realizados na segunda e terça-feira, e aprovado por maioria, a greve ao trabalho suplementar e eventos especiais, já a partir de maio.

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Sara Gligó disse ainda que os sindicatos ficaram mandatados para "todas as lutas possíveis que estes acordem como necessárias para demonstrar o descontentamento dos trabalhadores", após a reunião com o Conselho de Administração da empresa, em 30 de abril.

Em causa está a luta pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal, "tendo em conta que será difícil conseguirmos mais no salário por força do decreto-lei", precisou.

A sindicalista defendeu que os trabalhadores "não servem só para os eventos especiais", ao contrário da empresa que "vive apenas para os eventos".

"Desta forma sabemos que há um conjunto de eventos que se aproximam e que a greve trará impactos", afirmou.

Sobre a reunião com o gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, ocorrida na tarde de terça-feira, Sara Gligó disse que o sindicato entregou o acordo sobre as variáveis remuneratórias (trabalho suplementar e feriados), frisando que "com exceção dos anos de 2023 e 2024 nada foi cumprido, nem apresentada contraproposta".

De acordo com a sindicalista, foi ainda entregue uma Carta Aberta sobre o acidente ocorrido no ano passado, junto à estação de Alvalade, carta essa também já entregue ao Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa.

Na reunião no gabinete de Miguel Pinto Luz, Sara Gligó disse que os sindicatos ficaram a perceber que, quanto ao Regulamento de Carreira, o Conselho de Administração da empresa "apenas vendeu à tutela a nova categoria profissional como sendo a melhor coisa do mundo".

De acordo com a sindicalista, também foi dito à delegação que o executivo "não disse não existir dinheiro para as variáveis, tendo dado indicação para ser negociado com os sindicatos, coisa que em momento algum, aconteceu".

"Já demos informação do processo de lutas que irá acontecer se nada se alterar", adiantou também.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e a 01h00.

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