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Justiça

Fuga de Vale de Judeus. Direção-geral propõe suspensão de diretor, chefe e sete guardas

24 abr, 2025 - 13:44 • Olímpia Mairos , Liliana Monteiro

Para o presidente do Sindicato Nacional Corpo Guarda Prisional, trata-se de uma decisão política e garante que está aberta a guerra com a classe.

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A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRS) propôs a suspensão do diretor, um chefe e sete guardas em funções na prisão de Vale de Judeus, aquando da fuga de cinco prisioneiros em setembro. A informação foi confirmada à agência Lusa por fonte do Ministério da Justiça.

Em nota enviada à Renascença, a DGRSP confirma que os nove processos disciplinares se encontram em fase final.

“Os visados estão a ser notificados dos despachos de acusação e das propostas de sanção disciplinar, após o que se segue o período de contraditório”, lê-se na nota.

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A DGRSP faz notar que estes são processos de natureza disciplinar uma vez que as averiguações de natureza criminal são autónomas e seguem termos junto do Ministério Público.

À Renascença, o presidente do Sindicato Nacional Corpo Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, diz tratar-se de uma decisão política e garante que está aberta a guerra com a classe.

“É estranho, é uma acusação muito estranha”, diz, confessando que foi com estupefação que recebeu a acusação dos guardas.

“Divaga muito, não há dados concretos, é lamentável quando temos uma instrutora de um processo que já foi guarda prisional, que levanta um processo a um guarda que é chefe de ala porque não mandou os colegas fazerem uma coisa. O guarda não manda, o guarda está ali para educar, quem manda são as classes de chefia”, assinala.

Segundo Frederico Morais, havia desespero “para pôr esta acusação cá fora antes das eleições”.

“Se isto continuar conforme está o processo, esta acusação, para mim, como presidente do maior sindicato de guarda prisional, aceito como uma declaração de guerra ao corpo da guarda prisional”, remata.

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