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25 Abril. Associação critica ausência de eventos imposta a membros do Governo

25 abr, 2025 - 18:46 • Lusa

Associação considera que há "incongruência de haver limitações na celebração do 25 de Abril, data que conduziu à instauração de uma República laica e pluralista em Portugal, por causa do luto decretado pela morte de um líder religioso".

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A Associação República e Laicidade (ARL) criticou esta sexta-feira a decisão do Governo de "impor a ausência dos membros" do executivo de eventos relacionados com o 25 de Abril devido ao luto nacional decretado pela morte do Papa Francisco.

"A ARL deplora a decisão de impor a ausência dos membros do Governo em festividades ou outros eventos, relacionados ou não com o 25 de Abril, porque [...] não vê incompatibilidade entre o exercício das funções públicas e o recato que o luto impõe", lê-se num comunicado hoje remetido à Comunicação Social.

Na nota, a associação cívica defende ainda que "a celebração plena" de uma data que "marca a refundação da democracia nacional" é "perfeitamente compatível com o cumprimento do luto nacional".

"A ARL assinala a incongruência de haver limitações na celebração do 25 de Abril, data que conduziu à instauração de uma República laica e pluralista em Portugal, por causa do luto decretado pela morte de um líder religioso", salienta a associação.

O Governo esclareceu, na quinta-feira, que o decreto que instituiu o luto nacional de três dias pela morte do Papa Francisco não impõe qualquer restrição à celebração do 25 de Abril por entidades públicas e privadas, limitando-se a definir a conduta dos membros do executivo.

O comunicado da Presidência do Conselho de Ministros acrescentava que o Governo participaria na sessão solene na Assembleia da República e "em cerimónias oficiais organizadas por municípios".

Os eventos de natureza festiva que estavam previstos para a residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, "foram adiados para o dia 1 de maio seguinte".

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