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Apagão

"Do que depender da REN, o país vai acordar amanhã com eletricidade"

28 abr, 2025 - 18:59 • Diogo Camilo

A empresa de transporte de eletricidade prevê que o apagão seja resolvido no Grande Porto pelas 20h30 desta segunda-feira. Grande Lisboa “vai demorar mais tempo” a resolver e a previsão é de "cinco a seis horas" para locais prioritários como hospitais, orças de segurança e infraestruturas de abastecimento de água.

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A Redes Energéticas Nacionais (REN) avançou esta segunda-feira que fará tudo para que o apagão seja resolvido ainda esta segunda-feira, referindo que “cerca de 300 mil” consumidores já têm eletricidade, mas ressalvando que não se pode “dar um passo em falso”.

Em declarações na sede, em Sacavém, o administrador da REN, João Faria Conceição adiantou que a “previsão de estabilização dos consumos” é de duas horas para o Grande Porto, mas que na Grande Lisboa “vai demorar mais tempo” e que a normalização total é “mais difícil dizer”.

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“Temos menos centrais na proximidade de Lisboa” e por isso a previsão é de “cinco a seis horas nos consumos mais prioritários”, como hospitais, forças de segurança, infraestruturas de abastecimento de água.

Indicando que podem ser “mil e uma causas”, o administrador da REN acrescentou que momentos antes da quebra de energia foi registada uma “grande oscilação de tensões na rede espanhola” e que “naquele momento o sistema elétrico português estava num momento de importação” da eletricidade de Espanha.

“Tudo o que depender da REN, vão acordar amanhã com eletricidade. Mas infelizmente não é só a REN que conta, é todo um sistema”, afirmou.

“Por volta das 11h33 ficámos sem eletricidade em toda a rede de muita alta tensão, que depois se propaga a todas as redes, de média e baixa tensão. Ainda não conseguimos com toda a certeza apontar para uma causa concreta”, detalhou João Faria Conceição.

O administrador da REN refere que o que aconteceu se assemelhou “aos disjuntores do quadro das nossas casas”, com os sistemas de controle e proteção a dispararem devido a um desequilíbrio entre os consumos e a produção.

Para resolver este desequilíbrio, a estratégia foi de um “blackstart”, em que é acrescentando consumo e produção na rede de forma gradual e cuidadosa, que tem de ser feito de forma paciente.

“Aconteceu-nos várias vezes a partir das tentativas de recuperação desta manhã em que verificámos alguns desequilíbrios e isso era o suficiente para vir tudo abaixo”, detalhou o administrador da REN.

“Estamos a tentar recuperar o país em várias zonas: uma iniciada a partir da central da Tapada do Outeiro, que é uma central que presta um serviço ao sistema elétrico para arranques de emergência. A central da Tapada do Outeiro arrancou, depois de várias tentativas e desligares, e neste momento temos várias subestações da REN à volta da zona do Grande Porto e a Central do Torrão ligada e estamos progressivamente a tentar abastecer”, afirmou.

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