29 abr, 2025 - 01:05 • Marisa Gonçalves
O dia de apagão levou ao fecho de alguns supermercados e também a uma corrida aos estabelecimentos que mantiveram as portas abertas, tendo aumentado a procura por determinados produtos, tais como enlatados, água e até velas para iluminação.
Em declarações à Renascença, Gonçalo Lobo Xavier, Director Geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), confirma uma afluência maior de clientes.
“Houve, de facto, uma afluência muito grande e uma procura de alguns produtos que, momentaneamente, desapareceram das prateleiras. Água, enlatados, velas e outro tipo de produtos. Estamos em condições de dizer que não houve nenhuma situação que pudesse pôr em causa a nossa responsabilidade enquanto retalhistas”, afirma.
O responsável faz um paralelismo com o tempo da pandemia e garante que não houve rutura de stocks.
“Convém lembrar sempre que o que aconteceu há cinco anos, na pandemia. Nunca houve rutura de produtos, como também não houve no dia de hoje. O que há é a necessidade de repor rapidamente a uma velocidade que não foi a que desejaríamos porque nem sempre é possível responder a um fluxo de consumo tão repentino”, declara.
Para esta terça-feira, o responsável perspetiva o que se diz ser uma “certa normalidade”, com a expetativa de que a energia seja reposta, durante a noite, nos principais centros urbanos.
"Estamos a preparar-nos para abrir dentro de uma certa normalidade, com reposição de produtos. A cadeia de distribuição está a trabalhar. Estamos a receber produtos nas lojas estão, vamos receber mais produtos de manhã e eu diria que durante o dia iremos ter um procedimento mais normalizado, face a esta emergência que tivemos”, aponta.
Apesar da correria ao supermercado e apesar dos constrangimentos, Gonçalo Lobo Xavier diz que “foi dada uma resposta à altura”, por parte do setor.