05 out, 2017 - 22:57 • Paula Caeiro Varela
O eurodeputado Paulo Rangel deve avançar nos próximos dias com uma candidatura à liderança do PSD. É a indicação para que apontam várias fontes sociais-democratas contactadas pela Renascença.
Tudo indica que será Paulo Rangel, eurodeputado e vice-presidente do Partido Popular Europeu, a protagonizar uma candidatura alternativa à de Rui Rio nas eleições directas do PSD, que serão marcadas para Dezembro. Rangel pode vir a reunir todos os que não se revejam na candidatura do ex-presidente da Câmara do Porto, congregando os apoios de todos aqueles que até agora estiveram com Passos Coelho que, na terça-feira, anunciou que não se recandidata à liderança do partido.
Foi, aliás, para Paulo Rangel a única menção do ainda líder do PSD no discurso de despedida que fez na reunião do Conselho Nacional de terça-feira à noite. Passos sublinhou o papel de Paulo Rangel no Parlamento Europeu, o que foi lido por muitos conselheiros como um sinal para o eurodeputado avançar.
Rangel deve contar com o apoio do "passismo", incluindo o de Miguel relvas que foi, durante anos, o braço direito de Passos Coelho e liderou a campanha do ainda presidente do PSD quando este e Rangel concorreram às eleições directas, em 2010, uma eleição em que também concorreu Aguiar Branco.
Nessas directas, na sucessão de Manuela Ferreira Leite, Passos ultrapassou os 60%, Rangel ficou nos 35% e Aguiar Branco teve apenas 3%. Relvas tem estado nos bastidores a promover uma candidatura alternativa à de Rui Rio.
Resta ainda esperar pela decisão de Luís Montenegro, o ex-líder parlamentar que assumiu, na quarta-feira, estar a ponderar uma candidatura e garantiu que a sua decisão não estava dependente das decisões de outros eventuais candidatos.