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Marcelo pede apoio transparente e não discriminatório à comunicação social

03 mai, 2020 - 07:57 • Lusa

Nota do Presidente da República assinala o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. "Sem informação livre e plural, não há democracia", sublinha Marcelo.

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O Presidente da República renovou o apelo para que o Estado apoie a comunicação social, considerando que deve fazê-lo "de forma transparente e não discriminatória", num momento em que se agravou a crise neste setor.

Marcelo Rebelo de Sousa divulgou esta mensagem no portal da Presidência da República na Internet, numa nota em que assinala o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, e na qual afirma que, "sem informação livre e plural, não há democracia".

O chefe de Estado, que entre segunda e terça-feira irá receber presidentes executivos dos principais órgãos portugueses de comunicação social, refere nesta nota que "a conjuntura veio acentuar uma crise que este setor já vivia", e para o qual alertou anteriormente.

Depois, assinala que a Constituição da República Portuguesa não só estabelece que "é garantida a liberdade de imprensa", como determina que "o Estado assegura a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e o poder económico".

"Por isso, neste dia quero sublinhar que, em nome do pluralismo e da liberdade de imprensa, o Estado pode e deve estar atento e apoiar a sustentabilidade dos media de forma transparente e não discriminatória; assim como salientar que todos os que defendemos a liberdade e a democracia devemos combater o discurso anti mediático levado a cabo por tantos, incluindo responsáveis políticos de nível mundial, e que só semeia confusão e alimenta populismos", acrescenta.

Marcelo Rebelo de Sousa argumenta que "uma informação transparente e de confiança é necessária para construir instituições justas e imparciais, construir relações de confiança entre eleitos e eleitores, fiscalizar os poderes e manter uma sociedade esclarecida, plural e vigilante".

"Nos dias que vivemos de combate à pandemia de Covid-19, espero que tenhamos percebido isso de forma ainda mais premente. Hoje em dia, de facto, há muitas formas de espalhar e partilhar informação, muitas vezes falsa ou, pelo menos, não segura, pelo que se tornou ainda mais importante termos órgãos de informação jornalística livres, seguros e confiáveis", considera.

O Presidente da República realça que, "por isso também" fez questão de que, "em todos os decretos de estado de emergência, não houvesse qualquer restrição à liberdade de informar e de estar informado".

Lamenta que os órgãos de comunicação social que têm permitido aos portugueses "estar bem informados" estejam no atual contexto "a ser vítimas da crise económica associada à crise sanitária", e adverte que "muitos enfrentam já limites ao seu funcionamento".

"Sem órgãos de informação livres, plurais e transparentes e sem respeito por essa liberdade não há democracia inteira e completa", reforça o chefe de Estado.

No dia 30 de abril, o Governo aprovou um decreto-lei que estabelece um regime excecional e temporário para a compra antecipada pelo Estado de publicidade institucional, no montante de 15 milhões de euros, para ajudar o setor da comunicação social, face ao impacto da pandemia de Covid-19.

Esta medida, que não abrange a RTP nem a agência Lusa, tinha sido anunciada no dia 17 de abril pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.

Comentários
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  • 03 mai, 2020 18:45
    Pagar para ter noticias falsas" era so o que faltava!
  • 03 mai, 2020 18:41
    Uma cominacao social independente " nao pode ser custeada pelo estado! Ja chega a rtp para meter o dinheiro dos contribuintes ao bolso!
  • 03 mai, 2020 13:08
    E chama o Senhor a este ESTADO DE COISAS, democracia? Não, não há DEMOCRACIA quando os CIDADÃOS não são tratados com IGUALDADE. Não, não há DEMOCRACIA quando o meu DEVER de Cidadão " RESPEITO " é HUMILHADO pela ARROGÂNCIA de quem se diz ser democrata. Foi isso que eu ( e muitos ) ouvi(mos) no discurso da PATROA dos SINDICALISTAS deste País na ALAMEDA em Lisboa. Foi dito e bem ALTO " NÓS ( ELES ) ESTAMOS AQUI. Mas eu como democrata que prezo ser, ESTOU CONFINADO em MINHA casa e no meu Concelho. Por isso e não só, não diga que eu vivo num País LIVRE. Eu vivo isso sim num PAÍS de DOIS PESOS e DUAS MEDIDAS. Tenha muita saúde, pois eu estou a ficar MALUCO.

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