08 mar, 2024 - 03:20 • Vasco Bertrand Franco
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O PCTP/MRPP afirma que para o país dar um salto “qualitativo na situação presente” é necessário que Portugal saia da União Europeia (UE) e da NATO.
João Pinto, cabeça de lista por Lisboa, defende que, para o país retomar a sua soberania, é essencial um afastamento de Bruxelas. As decisões são tomadas por governantes europeus e Portugal apenas as segue, mesmo que isso signifique um maior aperto financeiro para a população portuguesa, argumenta.
O papel de Portugal na UE, de acordo com João Pinto, é “servir de criado, de hotel e de restaurante”. Atira ainda que “foi o turismo que nos foi atribuído pela UE, tudo o resto foi destruído”, diz à Renascença.
O cabeça de lista do PCTP/MRPP lembra que Portugal tem a terceira maior zona económica exclusiva da UE, mas diz que a nossa indústria naval é “incipiente”, e remata dizendo que a economia portuguesa devia ser virada para o mar.
Já no âmbito de cenários de governabilidade, José Pinto considera impossível haver acordo pós-eleitorais com qualquer partido, pois todos “cumprem o que Bruxelas manda”.
O PCTP/MRPP, caso eleja um deputado, quer levar à Assembleia da República a proposta de um imposto único nacional. João Pinto acredita que o Estado não seria lesado monetariamente, pois o imposto seria "altamente progressivo", o que faria com que a receita do Estado se mantivesse inalterada.
O partido, que esteve em campanha esta quinta-feira junto ao Centro de Apoio Social dos Anjos, em Lisboa, garante que quer implementar uma alteração na remuneração dos deputados para o salário médio nacional. Isto porque, de acordo com João Pinto, o “alto salário dos deputados atrai a pior espécie de políticos que só tem interesses pessoais e de pequenos grupos em mente. Se o salário baixar eles são todos corridos”.
Nas eleições legislativas de 2022, o PCTP foi o segundo partido, sem assento parlamentar, mais votado, com 11.267 votos, e este ano espera eleger pelo menos um deputado. João Pinto garante que vai ser “a voz da diferença que pode alterar o rumo do país”.
[notícia corrigida no superlead - Trabalhadores e não Trabalhista]