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PCP acusa Governo de não responder aos "interesses da maioria"

02 jan, 2025 - 20:02 • Tomás Anjinho Chagas

Comitiva liderada por Paulo Raimundo foi recebida pelo Presidente da República a pedido dos comunistas. Reconhecendo as diferenças com Marcelo, PCP fala em "conversa cordial" e atira ao executivo liderado por Luís Montenegro.

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Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, abriu o ano de 2025 a manifestar discórdia pelo "rumo" tomado pelo Governo da AD e foi dizê-lo ao Palácio de Belém.

Depois de ser recebido pelo presidente da República, no Palácio de Belém, o líder comunista dirigiu-se aos jornalistas para criticar o executivo liderado por Luís Montenegro e as escolhas que tem feito.

"Não é um rumo que responda às necessidades da maioria. Resolve os interesses de um punhado de grupos económicos, é verdade, mas não responde aos interesses da maioria", resumiu Paulo Raimundo.

O líder do PCP foi lembrando que há 2 milhões de pobres em Portugal e são registados 32 milhões de euros de lucros dos "grandes grupos económicos", para sustentar as suas acusações.

Paulo Raimundo lamentou ainda o estado da Saúde em Portugal e fala mesmo num "desmantelamento do SNS" e acredita que a nova lei dos solos - que permite que sejam construídas casas em terrenos rústicos - não vai resolver o problema da habitação em Portugal.

O secretário-geral comunista reconhece que há "opiniões divergentes públicas e notórias" entre o PCP e o atual presidente da República, e assegura que a audiência desta quinta-feira não serviu para dissuadir Marcelo Rebelo de Sousa.

"Não tentámos convencer o presidente da República de nada, nem ele tentou convencer-nos a nós", disse Paulo Raimundo, de boa-disposição.

O secretário-geral do PCP entrou no Palácio de Belém pouco depois das 17:00 desta quinta-feira e o encontro durou mais de uma hora e meia. Na comitiva dos comunistas, além de Paulo Raimundo, estavam presentes Paula Santos, líder parlamentar e Margarida Botelho, membro do Comité Central do PCP.

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