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Presidência

Marcelo considerou "prudente" questionar conselheiros de Estado sobre pedido de Ventura

03 jan, 2025 - 19:51 • Vasco Bertrand Franco , com Ricardo Vieira

Presidente da República explicou porque enviou uma carta aos conselheiros de Estado sobre o pedido do líder do Chega, de convocar um Conselho de Estado sobre temas de segurança.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira que considerou "prudente" questionar conselheiros de Estado sobre pedido do líder do Chega, André Ventura.

À entrada para os Prémios Gazeta, que decorrem em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu a posição de Belém sobre pedido de André Ventura em convocar uma reunião do Conselho de Estado sobre segurança.

O Presidente explicou porque enviou uma carta aos conselheiros de Estado para se pronunciarem sobre o pedido do líder do Chega.

“Porque é um pedido formulado por escrito e acho que eles têm o direito a, se quiserem, a pronunciarem por escrito. Normalmente, os pedidos são formulados no próprio Conselho.”

Questionado se não é o Presidente da República que costuma convocar o Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa explica que os conselheiros podem sugerir verbalmente, no Conselho, reuniões para o futuro”.

“Quando é assim, discute-se à volta da mesa. Quando é por escrito, acho que era prudente antes das próximas reuniões do Conselho que os senhores conselheiros dizerem por escrito - se quiserem - o que pensam da ideia”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente do Chega defendeu esta sexta-feira que o Conselho de Estado deve ser um "órgão útil" e que trate assuntos que interessam aos portugueses, insistindo que o tema da segurança deve ser abordado proximamente.

"A única coisa que eu sugeri, e sou conselheiro de Estado, é para isso que me pagam, é para isso que eu fui eleito, é tornar o Conselho de Estado um órgão útil e não um órgão em que estejam ali um conjunto de pessoas com mais de não sei quantos anos a dizer o que lhes passa pela cabeça que não interessa a ninguém e a não acrescentar nada à vida do país", afirmou.

O líder do Chega tinha apelado ao Presidente da República, no final de dezembro, para se pronunciar sobre a segurança em Portugal e convocar um Conselho de Estado dedicado ao tema.

Na sequência de um tiroteio num centro comercial de Viseu, que provocou um morto, André Ventura adiantou, também, que o Chega vai agendar um debate no Parlamento sobre a segurança em Portugal, a 7 de janeiro.

O presidente do Chega afirma que o objetivo do debate é procurar chegar a consensos para criar um "pacote contra a insegurança, aprovado no parlamento e em vigor em todo o território nacional" que vise "combater as armas ilegais, aumentar penas para crimes relacionados com o crime organizado, com o tráfico de droga, de seres humanos e a criação de redes de prostituição".

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