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BES/GES. Passos Coelho ouvido esta quarta-feira como testemunha de Salgado

15 jan, 2025 - 07:12 • Liliana Monteiro

Na fase de instrução deste caso, Passos Coelho explicou que o então banqueiro Ricardo Salgado estava “desesperado” quando reuniu com ele, em maio de 2014.

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Pedro Passos Coelho vai ser ouvido esta quarta-feira no âmbito do processo BES/GES como testemunha arrolada pela defesa de Ricardo Salgado.

O antigo primeiro-ministro era quem liderava o Governo aquando da queda do banco, no verão de 2014, e é chamado mais uma vez a falar sobre o assunto perante a Justiça.

Na fase de instrução deste caso, Pedro Passos Coelho explicou que o então banqueiro Ricardo Salgado estava “desesperado” quando reuniu com ele, em maio de 2014, altura em que lhe pediu que o Governo interferisse junto da Caixa Geral de Depósitos para ceder linhas de financiamento ao Grupo Espírito Santo, que estava com problemas.

Terá falado num financiamento entre os 2 mil milhões a 2,5 mil milhões. Passos Coelho diz ter respondido negativamente e sugerido que fosse declarada a falência combinada com os credores.

O ex primeiro-ministro estava preocupado com o banco e com os efeitos dos problemas do BES no sistema bancário. A queda do banco, assegurou, “não foi uma decisão política”, mas do Banco de Portugal, a quem cabia a supervisão.

O social-democrata explicou, ainda, que a nacionalização com entrada de dinheiro público esteve sempre fora de questão.

Passos Coelho foi uma das pessoas contactadas por Salagado - uma lista que inclui vários responsáveis políticos a quem foi exposto o problema do banco.

Além do antigo primeiro-ministro, Salgado ter-se-á reunido com o Presidente da República, Cavaco Silva, com a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, com Durão Barroso, com o antigo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, entre outros.

Em 2021, num depoimento escrito e enviado à Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco, Passos Coelho garantiu que o seu Governo nunca se furtou às responsabilidades e considerou que o BES teria "sobrevivido” caso os responsáveis do grupo tivessem respeitado as medidas preventivas decretadas pela supervisão.

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