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Iniciativa Liberal acusa o diretor da PJ de usar dados “truncados” para lançar confusão

19 jan, 2025 - 20:49 • Manuela Pires , com Lusa

Numa publicação na rede social X, Rui Rocha, o presidente da Iniciativa Liberal lembra que o diretor nacional da PJ diz que o sentimento de insegurança é fruto da desinformação, mas “ ele próprio usou dados truncados de criminalidade para lançar confusão”.

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A Iniciativa Liberal acusa o Diretor Nacional da Polícia Judiciária de usar dados “truncados” de criminalidade e vai chamar Luis Neves ao Parlamento para prestar esclarecimentos.

Numa publicação na rede social X, Rui Rocha, o presidente da Iniciativa Liberal lembra que o diretor nacional da PJ diz que o sentimento de insegurança é fruto da desinformação, mas “ ele próprio usou dados truncados de criminalidade para lançar confusão” escreve Rui Rocha.

Em causa estão as declarações de Luís Neves na conferência dos 160 anos do Diário de Notícias, onde o diretor da Polícia Judiciária garantiu que não há insegurança e que esse sentimento é gerado pelo aumento da desinformação.

Estamos a assistir a um momento de desinformação, ‘fake news’ e ameaças híbridas e é isso tudo que leva a fundamentar a perceção de insegurança”, disse Luis Neves responsabilizando em grande parte os meios de comunicação social.

“Temos hoje vários canais de televisão que passam uma e outra vez aquilo que é notícia de um crime”, explicou, reconhecendo que isso vem “criar uma ideia de insegurança que não tem a ver com a insegurança plena do crime” existente do ponto de vista estatístico.

Sobre a relação entre a criminalidade e os estrangeiros, Luís Neves referiu que é necessário fazer a distinção entre os crimes das “organizações criminosas transnacionais, cibercrime ou estupefacientes” e aí não se trata de imigrantes.

Nos dados que revelou, e sobre os detidos em Portugal, Luís Neves salientou que, aos valores são muito baixos, excluindo os cidadãos oriundos de países europeus, africanos e latino-americanos.

Nas prisões há 120 pessoas de países asiáticos num universo de mais de 10 mil reclusos, explicou o diretor nacional da polícia judiciária.

“Em 2009, tínhamos 454 mil imigrantes e foi uma das maiores relações entre estrangeiros em território nacional e o cometimento de crimes, ou seja, detidos. Dados de 2023, indicam 1 milhão e 44 mil estrangeiros e é por rácio de detidos, o segundo número mais baixo, o primeiro foi em 2020” referiu Luis Neves.

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