28 jan, 2025 - 16:16 • Ana Kotowicz
“Quatro violações numa semana”, um “triplo homicídio” e “assaltos à mão armada por um relógio, não é normal". Foi assim que Carlos Moedas reagiu à notícia de que a criminalidade em Lisboa atingiu um dos valores mais baixos dos últimos dez anos. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa considerou que os crimes praticados têm, atualmente, "uma violência diferente" dos do passado e, por isso mesmo, insiste que a cidade precisa de mais policiamento.
A criminalidade geral em Lisboa diminuiu 12,6% em 2024, segundo dados de um relatório provisório da PSP, citado pelo DN, e confirmado à Renascença por aquela força policial. Em sentido contrário, a segunda divisão do Comando Metropolitano de Lisboa, que inclui a zona do Martim Moniz, atingiu o recorde em 10 anos.
Segurança
Em sentido contrário, a segunda divisão do Comando(...)
Os números avançados não tranquilizam Moedas. “É bom saber que a média baixou, mas, quando olhamos para a notícia, vemos, por exemplo, o caso da freguesia de Santa Maria Maior que, em 2023, apresenta o maior valor da década. Ou seja, os números terem descido entre 2023/2024 não nos podem deixar descansados”, argumentou.
Assim, o autarca voltou a fazer um pedido antigo: é preciso ter mais polícias nas ruas da cidade. “Temos que ver o que se está a passar na cidade, na semana passada houve quatro alegadas violações, este ano tivemos um triplo homicídio à queima roupa ao pé de Santa Apolónia", recordou. “Eu insisto que os crimes que são praticados nesta cidade, neste momento, têm um grau de violência diferente.”
Carlos Moedas conclui que, apesar de considerar que Lisboa é "uma cidade segura", isso não pode ser uma desculpa para não ter policiamento mais apertado.