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Quatro malas e uma mochila apreendidas nas buscas ao gabinete do deputado Miguel Arruda

27 jan, 2025 - 20:24 • Manuela Pires , Ricardo Vieira , Liliana Monteiro

Diligência teve como alvo o gabinete do deputado Miguel Arruda. A ação foi realizada por elementos da PSP e liderada por uma magistrada do Ministério Público.

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O Parlamento foi esta segunda-feira alvo de buscas no âmbito do "caso das malas", que envolve o ex-deputado do Chega Miguel Arruda, que é suspeito de furtos em aeroportos, confirmou à Renascença a Assembleia da República e fonte da PSP.

"Foram hoje realizadas buscas e apreensões no gabinete do Deputado Miguel Arruda na Assembleia da República", indica o gabinete de comunicação do Parlamento, em comunicado enviado à Renascença.

A diligência foi realizada por elementos da PSP e liderada por uma magistrada do Ministério Público, "tendo a Assembleia da República prestado toda a colaboração na realização da diligência".

As buscas tiveram como alvo o gabinete de trabalho do parlamentar Miguel Arruda, que entretanto deixou o Chega e passou a deputado não-inscrito.

O pedido para efetuar as buscas foi feito ao presidente da Assembleia de República, José Pedo Aguiar-Branco, que comunicou ao partido Chega.

Contactado pela Renascença, o gabinete de José Pedo Aguiar-Branco disse que tudo decorreu normalmente e que o presidente do Parlamento, que está em Madrid, chega na terça-feira à tarde a Lisboa e vai falar sobre o caso.

As buscas ao gabinete de Miguel Arruda no Parlamento demoraram cerca de 40 minutos.

Quatro malas e uma mochila

O deputado Rui Paulo Sousa do Chega disse à Renascença que esteve presente no momento das buscas como vice-presidente do grupo parlamentar do Chega e como vice-presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados.

Segundo Rui Paulo Sousa, logo na passada quinta-feira, o Chega informou o presidente do Parlamento que havia várias malas no gabinete de Miguel Arruda e que o partido não se opunha a possíveis buscas que as autoridades pudessem querer fazer.

Segundo o deputado do Chega, as autoridades apreenderam quatro malas e uma mochila.

Na sexta-feira a SIC revela uma fotografia onde se veem várias malas no gabinete que Miguel Arruda, partilha com Daniel Teixeira.

Miguel Arruda, deputado eleito pelo círculo dos Açores, foi constituído arguido e alvo de buscas na semana passada, devido a suspeitas de furto qualificado de malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada.

As buscas decorreram na residência do deputado nos Açores e também na casa que ocupa quando está em trabalho parlamentar em Lisboa.

O deputado é suspeito de ter furtado malas nos aeroportos de Ponta Delgada e Lisboa, durante vários meses, sempre que voava para casa (no final da semana de trabalhos parlamentares) ou regressava ao continente.

Os artigos seriam depois colocados à venda numa plataforma online.

Miguel Arruda admitiu ter levado uma mala por engano, mas nega estar envolvido numa onda de furtos.

Em entrevista à CNN Portugal, sugeriu que vídeos de vigilância usados como prova contra si poderiam ser imagens adulteradas por inteligência artificial.

Na sequência do escândalo, Miguel Arruda abandonou a bancada parlamentar do Chega e passou a deputado não-inscrito. Disse também que vai pedir "baixa psicológica".

[notícia atualizada às 22h05 e às 7h00 com novos detalhes]

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