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PROCESSO INFLUENCER

Espionagem? Ventura sugere que pen pode ter sido usada para eventual chantagem

30 jan, 2025 - 16:03 • Susana Madureira Martins

Líder do Chega quer ouvir no Parlamento o ex-primeiro-ministro António Costa, o diretor da Polícia Judiciária e dos Serviços de Informação do Estado. "Não há nenhuma razão plausível para haver este acesso a nomes e moradas de magistrados ligados a processos mediáticos."

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O líder do Chega, André Ventura, considera que o caso da pen com informação sensível encontrada no cofre do chefe de gabinete de António Costa "apresenta sinais evidentes de espionagem" e pede a audição urgente não só dos diretores da Polícia Judiciária e dos Serviços de Informações, como também do ex-primeiro-ministro e atual presidente do Conselho Europeu.

Ventura falava esta quinta-feira aos jornalistas na Assembleia da República, onde considerou o caso "gravíssimo", alertando para a responsabilidade que "acarreta" para o Parlamento, pedindo por isso que as audições em causa aconteçam à porta fechada.

Considerando "incompreensível" que o chefe de gabinete do primeiro-ministro tenha na sua posse estas informações, Ventura conclui que o país pode estar perante um caso de espionagem e "é preciso saber se o Governo do PS usou informação constante desta pen para obter favores ou referência em relação à vida política nacional".

"Um primeiro-ministro não pode ter informação sensÍvel dos seus opositores ou de processos sensíveis contra o seu governo", salienta Ventura, estranhando a existência de informação com nomes, moradas e identificação de titulares de "processos mediáticos", considerando o caso uma "machadada" no Estado de direito e levantando a "feroz suspeita de espionagem política e judicial por parte de António costa".

Questionado se a informação que consta da pen pode ter sido usada para exercer chantagem sob alguma entidade ou instituição, Ventura diz que é isso que "tem de ser esclarecido", alegando não querer saber se António Costa "é presidente do Conselho Europeu, presidente da Comissão Europeia ou se é Papa".

Para Ventura, é líquido que o agora líder do Conselho Europeu tem de explicar aos deputados portugueses como é que Vítor Escária tinha esta informação no seu gabinete.

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