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Presidenciais 2026

Marques Mendes: "Ter experiência política é decisivo" para o cargo de Presidente

02 fev, 2025 - 20:43 • Alexandre Abrantes Neves , Olímpia Mairos , Manuela Pires

Luís Marques Mendes apresenta a candidatura a Belém na próxima quinta feira, em Fafe, e este domingo fez o último comentário no Jornal da Noite da SIC.

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Luís Marques Mendes não podia ter sido mais direto para o almirante Gouveia e Melo, quando diz que ter experiência política é decisivo para execer o cargo de Presidente da República.

No último comentário no Jornal da Noite de domingo na SIC, o antigo líder do PSD que apresenta a candidatura à Presidência da República na próxima quinta-feira disse que a experiência é importante na vida, mas para este cargo ainda mais porque significa segurança e previsibilidade.

"A experiência significa segurança, previsibilidade, certeza - quer seja no domínio da saúde, queremos um médico com mais experiência - e num cargo político quer-se experiência política. Neste caso no cargo de Presidente da República não é uma questão politica, experiência é segurança e saber com aquilo que se conta", afirmou Marques Mendes.

O antigo líder do PSD não quis fazer mais comentários sobre o possível candidato Gouveia e Melo, alegando que o almirante está de férias e é preciso esperar pelo anúncio da decisão do antigo chefe da Armada.

"Está de férias e vamos deixar que acabe as férias e que anuncie a sua decisão e depois vão debater ideias", disse.

O antigo governante e líder do PSD deixou ainda as três ideias essenciais pelas quais se vai pautar esta candidatura: ambição, estabilidade e ética. Marques Mendes considera que o país sofre de "doença" que é a falta de ambição considerando que os prortugueses estão resignados e acomodados e quer mudar esta atitude.

"É uma doença que temos, esta pouca ambição e temos de lutar contra isso", avisou Marques Mendes.

Em segundo lugar, o candidato à Presidência da Republica garante que é necessário fazer pontes para garantir estabilidade política no país e deu como exemplo a situação na Madeira que vai de novo a eleições.

"Não podemos passar a vida em crises políticas, em dissoluções e eleições antecipadas, como está a acontecer na Madeira. É preciso ter alguma capacidade para fazer pontes para evitar as crises", referiu.

Por último, o candidato elege a ética como outra bandeira essencial da candidatura para fazer com que as pessoas voltem de novo a confiar na classe política e nos partidos. O comentador lembrou que quando era líder do partido tomou decisões nesta área, que não se limita a falar, e foram decisões que não agradaram a todos os dirigentes do PSD.

"Hoje é preciso ir mais longe na ética, os portugueses estão fartos dos políticos e dos partidos e isso não é bom para a democracia e não se resolve com populismos, mas resolve-se a fazer um maior apelo à ética e tomar decisões para que as pessoas voltem a confiar", disse.

Confrontado com a Sondagem da SIC e Expresso que o colocavam em quarto lugar nas inteções de voto, Mendes diz estar confiante e que vai concorrer às eleições presidencias do próximo ano para tentar ganhar.

"Tomei a decisão depois de muita ponderação e há dois sentimentos que tenho nesta altura, humildade e determinação. Eu não vou concorrer para perder, vou concorrer para tentar ganhar. Mas para mim o que é difícil funciona como um estímulo", avisou Marques Mendes.

"É o tempo de retribuir ao país aquilo que me deu"

O antigo governante e líder do PSD justifica a candidatura à presidência da República como uma forma de retribuir a Portugal tudo aquilo que já recebeu de bom. É a primeira reação do antigo presidente do PSD, desde o anúncio de que vai mesmo entrar na corrida a Belém no próximo ano.

"A conclusão a que cheguei é que o país me deu durante muitos anos coisas fantásticas, experiência, conhecimento, oportunidades. Eu acho que este é o tempo de eu poder retribuir ao país aquilo que o país me deu. Colocar estas condições, este capital, digamos assim, ao serviço dos portugueses", assinalou.

Em declarações à SIC Notícias, à chegada para o último comentário naquele canal de televisão, Marques Mendes disse ainda que vai aceitar qualquer resultado com humildade.

"No final, com tranquilidade, os portugueses decidem sim ou não, e uma pessoa humildemente respeita", disse.

Questionado sobre se não é muito cedo para apresentar uma candidatura, Marques Mendes afirmou que os candidatos têm de lutar contra a banalização.

"É um processo acelerado com certeza, o que significa que vai exigir de todos aqueles que se envolvam neste processo um pouco mais de talento, desde logo para não se banalizarem", apontou.

O comentador e agora candidato à Presidência da República disse ainda que não é cópia de ninguém e que cada um deve afirmar-se com as suas convicções e ideias.

"Eu não sou cópia nem imitação de ninguém, seja do atual, seja de qualquer outro Presidente. Acho que as coisas devem ser, devem ser assim. Cada um deve afirmar-se com as suas convicções, com as suas ideias, com o seu estilo e não ter a preocupação de estar a ser cópia ou limitação, seja de quem for", defendeu.

[notícia atualizada às 22h20 de 2 de fevereiro de 2025 para acrescentar mais detalhes]

Comentários
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  • algo diferente
    03 fev, 2025 Desta vez 08:56
    Todos os que lá estiveram tinham experiência política, e nalguns os resultados foram desastrosos, noutros, indiferença generalizada sem qualquer influência no decorrer do dia-a-dia. Talvez seja melhor experimentar algo de diferente desta vez.
  • Joao Oliveira
    03 fev, 2025 Edimburgo 00:13
    O que parece pelas sondagens e que muitos Portugueses preferem obra feita do que experiência politica cujos resultados sao opacos. O Almirante deixou um impacto significativo na vida dos Portugueses, algo que muitos recordam-se com gratidão. Os restantes candidatos tem certamente os seus meritos, mas nao necessariamente com benefícios visiveis para as pessoas. Servir os partidos não e o mesmo que servir os Portugueses.

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