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Quercus. Associação ambientalista expulsa quatro associados

03 fev, 2025 - 17:28 • Lusa

Os quatro associados chegaram todos a exercer funções de direção na associação ambientalista e um deles foi mesmo presidente da direção.

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A associação ambientalista Quercus anunciou esta segunda-feira ter expulsado quatro associados, numa reunião realizada no sábado na qual nomeou também uma nova presidente da Comissão Arbitral. .

Em reunião extraordinária, a Assembleia Geral da Quercus decidiu expulsar os associados Aline Pinheiro, Cláudia Sil, João Branco e Paulo Mendes, na sequência da conclusão da instrução de procedimentos disciplinares pela Comissão Arbitral, "iniciados por proposta fundamentada da Direção Nacional".

Os quatro associados chegaram todos a exercer funções de direção na associação ambientalista e um deles foi mesmo presidente da direção. Os casos inserem-se numa situação de disputas internas que duram há anos.

De acordo com o comunicado da direção, presidida por Alexandra Azevedo, foi expulsa Aline Pinheiro, que já tinha sido expulsa em 2008. É acusada de deslealdade e uso de ativos financeiros para benefício próprio.

Cláudia Sil foi expulsa acusada de criar instabilidade e perturbação na associação, e João Branco, que foi presidente da Quercus em dois mandatos, foi expulso por falsificação de atas, supostamente para beneficiar empresas por si escolhidas para fazerem obras, e má gestão financeira e patrimonial, entre outras acusações.

O quarto expulso é Paulo Mendes, que foi dirigente da Quercus em Braga, acusado nomeadamente de divulgar informações confidenciais e usar indevidamente domínio da internet. Recentemente intentou uma providência cautelar contra a Quercus mas a mesma foi julgada improcedente.

Na Assembleia Geral, ainda de acordo com o comunicado, foi designada Maria do Rosário Rodrigues para o cargo de presidente da Comissão Arbitral, substituindo o presidente eleito, António Cerca, por motivos de saúde.

Umas das mais antigas e respeitadas associações ambientalistas, a Quercus perdeu protagonismo na sequência das polémicas e há uma década ficou sem alguns dos seus melhores técnicos, que saíram para fundar a associação Zero.

Os atuais dirigentes da Zero, nomeadamente o presidente, Francisco Ferreira, exerceram funções de direção na Quercus e saíram na sequência das guerras internas na associação.

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  • João Branco
    04 fev, 2025 Vila Real 20:15
    O meu nome é referido nesta notícia embrulhado num manto de falsidades e deturpações. É pena que a Rádio Renascença não tenha feito o exercício do contraditório como, acho, era a sua obrigação. Na realidade este é o culminar de um processo de perseguição por parte das ultimas direções da Quercus apenas por ter pedido informações sobre atividades da Quercus que indiciam, fraude, fraude na obtenção de subsídio e má gestão de subvenções públicas e privadas. Só para dar um exemplo, a Quercus não divulga perante os associados a localização das alegadas plantações, da responsabilidade da dirigente Paula Cristina Nunes da Silva, que fez em conjunto com os CTT Correios de Portugal e outras entidades privadas. Existem participações crime envolvendo a Quercus por falsificação de documentos, favorecimento e fraude na obtenção de subsídio. A Quercus teve várias vezes (e ainda tem) as contas penhoradas por falta de pagamento a fornecedores. Existem ainda muitas outras situação duvidosas do ponto de vista ético e da legalidade. Todo o meu processo de expulsão está repleto de irregularidades e ilegalidades e foi feito à pressa para impedir a minha candidatura a próximas eleições depois do tribunal ter ordenado a minha reintegração na Quercus. Fico à espera de ser ouvido e a ponderar a fazer uma queixa à ERCS.

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