05 fev, 2025 - 08:45 • João Malheiro
Miguel Arruda enviava roupas alegadamente furtadas que vendia online através dos CTT do Parlamento para ter desconto nos selos das encomendas.
Segundo o "Correio da Manhã", o ex-deputado do Chega guardava muitas malas e roupa no seu gabinete e, por ser deputado, tinha descontos nos selos e nos envelopes.
Benefícios que continuará a ter, assim como novas benesses que adquire, agora que se torna deputado não-inscrito, depois de ser retirado do grupo parlamentar do partido de André Ventura.
Já foi pedido o levantamento da imunidade parlamentar, que deverá ser efetivado esta semana. Miguel Arruda poderá ter de prestar declarações em tribunal.
No entanto, o deputado continuará a poder manter-se em funções, pois uma investigação judicial não leva à suspensão de mandato, apenas uma decisão transitada em julgado.
O deputado Miguel Arruda, cabeça de lista pelo Chega nos Açores, foi constituído arguido a 23 de janeiro por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.
Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.