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Debate quinzenal

Montenegro admite que ex-secretário de Estado foi "imprudente"

05 fev, 2025 - 16:55 • Manuela Pires , com Ricardo Vieira

Primeiro-ministro quebra silêncio sobre o caso no debate quinzenal. Já sobre a Operação Tutti-Frutti, Luís Montenegro rejeita mudar a lei para expulsar os deputados envolvidos em crimes graves.

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Resumo do debate quinzenal, pela jornalista Manuela Pires
Resumo do debate quinzenal, pela jornalista Manuela Pires

O primeiro-ministro sai em defesa do ex-secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território que se demitiu a semana passada, mas considera que Hernâni Dias foi "imprudente" quando constituiu as duas empresas imobiliárias.

Luís Montenegro falou esta quarta-feira pela primeira vez sobre o caso, no debate quinzenal no Parlamento.

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“É verdade, senhor deputado, foi uma imprudência do senhor secretário de Estado, claro que foi e foi por isso que ele assumiu a dimensão política dessa ação”, afirmou o primeiro-ministro.

Em resposta ao líder do Chega, André Ventura, o chefe do Governo rejeita a existência de incompatibilidades entre as imobiliárias criadas por Hernâni Dias e as funções de secretário de Estado.

“Agora, não fale em incompatibilidades, não fale em negócios, porque a atividade dessas empresas foi zero. Não há nada que possa ser imputado no âmbito dessa atividade. O senhor deputado tem de ser sério para ser respeitado”, atirou Luís Montenegro.

No debate parlamentar, o líder do Chega levantou ainda o caso da operação Tutti-Frutti em que estão acusados dois deputados do PSD. André Ventura desafiou Montenegro a aceitar mudar a lei para expulsar os deputados envolvidos em crimes graves.

O primeiro-ministro não aceita e diz que é à justiça que cabe investigar criminalmente. Politicamente, deve ser avaliado por cada um se tem legitimidade para continuar a exercer o cargo, sublinha.

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  • Anastácio Lopes
    07 fev, 2025 Lisboa 11:12
    Esta admissão de um PM que afirma ter sido imprudente um seu Secretário de Estado, não está diretamente a assumir a sua incompetência por o ter nomeado e mantido no cargo até aquele pedir a demissão? Aqui está um excelente exemplo do que os políticos fazem a quem sabem pedir o voto quando dele necessitam, sem se preocuparem em nada com o aís e o povo após terem rececionado o voto solicitado. Enquanto os interesses políticos, partidários e pessoais se sobrepuserem aos interesses do país e dos cidadãos, jamais o povo precisa destes políticos da treta que nada sabem para dar ao país do muito que ele necessita e apenas e só se servem do país para com os seus interesses pessoais e partidários, e depois admiram-se da abstenção ser a que é quando estes políticos da treta não merecem credibilidade alguma ao ponto de continuarem a empurrar a população para as pobreza e miséria e nunca para termos um nível de vida o suficiente para as necessidades diárias, após quase meio século de descontos, com mais de 66 anos de idade e dom 88% de incapacidade permitem que a CGA esteja já há 3 meses para despachar um processo de pedido de aposentação que de complexidade nada tem. Será que aguardam a minha morte para despacharem o meu pedido de aposentação com a conivência do Primeiro Ministro?
  • ze
    05 fev, 2025 aldeia 19:18
    Não é preciso mudar a lei (mas deveria pensar nisso) basta a pessoa envolvida resignar ao cargo ou ser expulsa do partido,assim se mostra a verdade e as boas prácticas em politica.

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