06 fev, 2025 - 18:23 • Susana Madureira Martins
Depois de ter renunciado ao mandato como deputado municipal de Lisboa, na sequência de uma acusação de prostituição de menores, Nuno Pardal Ribeiro perdeu esta quinta-feira a avença que tinha com a Câmara Municipal de Loures, onde prestava apoio ao vereador do Chega na autarquia, Bruno Nunes, através da empresa Promauto.
A Renascença sabe que a denúncia do contrato com a empresa de Nuno Pardal Ribeiro foi transmitida na tarde desta quinta-feira pelo vereador do Chega, Bruno Nunes, ao presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão.
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Nos fundamentos da cessação do contrato por prestação de serviços em regime de avença, Bruno Nunes alega "quebra de confiança intrínseca e indissociável da prestação de serviços em apreço".
A cessação do contrato tem efeitos imediatos, sem aviso prévio e sem obrigação de pagar indemnização à Promauto, que consta no Portal Base como sendo uma empresa de promoções e relações públicas.
O ajuste direto da Promauto com a Câmara de Loures tem um preço contratual de 52.900 euros e a Renascença sabe que Nuno Pardal Ribeiro ganhava por mês, através da autarquia, uma avença mensal de 2.170 euros.
Na câmara municipal de Loures, Nuno Pardal Ribeiro, através da Promauto, prestava apoio ao vereador do Chega, Bruno Nunes, a quem preparava, por exemplo, as reuniões da autarquia.
Bruno Nunes, vereador, deputado à Assembleia da República é, de resto, recandidato do Chega à Câmara de Loures nas eleições autárquicas deste ano.
A Renascença contactou a câmara municipal de Loures, liderada pelo socialista Ricardo Leão, que se escusou a comentar o assunto, apenas confirmando que chegou esta quinta-feira um pedido de rescisão da avença por parte do vereador do Chega, Bruno Nunes.
Nuno Pardal Ribeiro, está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados, avançou o semanário Expresso, esta quinta-feira. Em causa estão encontros sexuais com um jovem de 15 anos. De acordo com a lei, o consentimento para a prática sexual com adultos é algo que só se torna possível aos 16 anos.
De acordo com o Ministério Público, tudo começou na aplicação de encontros homossexuais "Grindr", passando depois para o Whatsapp, "para melhor combinarem" um encontro.