08 fev, 2025 - 15:24 • Susana Madureira Martins
“Não há nenhuma indefinição ou hesitação” do PS. O problema de Pedro Nuno Santos mantém-se: não há nenhum candidato às presidenciais que se tenha chegado à frente com todas as letras. Na Comissão Nacional do PS deste sábado, o líder do partido pediu que não se triturem na praça pública os potenciais candidatos.
“Que consigamos poupar aqueles que são nossos camaradas e candidatos e potenciais candidatos da nossa área, a críticas que, obviamente, devem estar concentradas nos nossos adversários, nomeadamente os candidatos do centro-direita”, pediu Pedro Nuno, repetindo o apelo que já tinha feito na reunião à porta fechada.
Faltam muitos meses para as presidenciais de 2025 e Pedro Nuno Santos não quer o partido, nem ele próprio, desgastado com críticas internas. O secretário-geral do partido repete que prefere um candidato “único”, “com potencial de vencedor, de ganhar as eleições presidenciais do campo do PS, do campo da área socialista.”
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Questionado pelos jornalistas se tem um calendário na cabeça para fechar o processo de decisão sobre as presidenciais, Pedro Nuno diz que não tem “nenhum”, mas já tem traçado o perfil do candidato.
“Precisamos de um Presidente da República que partilhe a mundividência, a matriz de valores do PS”, explica Pedro Nuno, já não referindo a necessidade de experiência internacional. Tem de ser alguém “que tenha competência, percurso político e profissional e tenha uma visão do mundo e a capacidade de representar Portugal no mundo à dimensão daquilo que o nosso país nos habituou”, explica.
Pedro Nuno Santos recusa dizer quem prefere entre os potenciais candidatos presidenciais da área do PS que têm surgido, mas “dos diferentes nomes” que se vão falando, “parece” que “todos conseguem cumprir estas competências, estas características”.
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Entretanto, é preciso aguardar. “Temos de esperar pelo momento em que essa vontade é manifesta de forma inequívoca para depois nós decidirmos”. A decisão final será tomada ao mais alto nível no partido e caberá à Comissão Nacional, o órgão máximo entre congressos.
Pelo caminho fica a proposta de um referendo interno, lançada por pelo líder da corrente minoritária no PS, Daniel Adrião, que a reduziu, entretanto, a uma recomendação ao partido e que foi sempre considerada como inviável pela cúpula socialista.
O tempo de espera, mantém-se. É preciso aguardar pela manifestação de vontade dos candidatos, “seja em público, seja em privado”, diz Pedro Nuno para depois o partido decidir. Quer António Vitorino, quer António José Seguro mantêm-se em reflexão.