10 fev, 2025 - 20:12 • Diogo Camilo
É mais um caso a envolver membros do partido de André Ventura em cargos públicos. A deputada municipal do Chega por Loures, Manuela Dias, está a ser acusada pelo Ministério Público pelo crime de participação económica em negócio.
Segundo avança o Observador, em causa estão pagamentos de quando era presidente da junta da União de Freguesias de Moscavide e Portela, pela coligação do PSD com MPT e PPM, ao ginásio do genro.
“Através das decisões e atos de gestão, a arguida teve como único intuito o seu próprio benefício económico e do seu genro, sabendo que a atuação causava prejuízos à junta”, refere a acusação, citada pelo Observador. Pela realização de quatro programas desportivos, a junta pagou à empresa Treina Encantos “o valor total de 30.135,00 euros”.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Em reação, o vereador do Chega em Loures e também deputado no Parlamento, Bruno Nunes, solicitou à autarca a renúncia do mandato, que foi aceite esta segunda-feira sob o compromisso da saída ser comunicada ainda hoje à Assembleia Municipal de Loures.
Este é o quarto caso a envolver membros do Chega em cargos públicos nas últimas semanas. A 21 de janeiro, o deputado Miguel Arruda foi alvo de buscas por suspeitas de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada. Como consequência, deixou o grupo parlamentar e foi expulso do partido.
A 6 de fevereiro, foi conhecido que o deputado municipal de Lisboa, Nuno Pardal Ribeiro, está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravada.
No mesmo dia foi também notícia José Paulo Sousa, deputado regional do Chega nos Açores, que foi apanhado a conduzir com uma taxa de alcoolemia de 2,25 g/l, quando a taxa limite para a alcoolização a conduzir ser considerada crime é de 1,2 gramas de álcool, por litro de sangue.