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TURISMO

Câmara de Lisboa aperta regras para tuk-tuk e proíbe circulação em algumas ruas

11 fev, 2025 - 07:00 • Tomás Anjinho Chagas

Autarquia estima que há "mais de mil" tuk tuk's a circular, assume "atritos" com moradores e quer tornar atividade "mais controlada". Para já restringe a circulação em mais ruas, mas no futuro quer limitar lugares de estacionamento e reduzir para 400 lugares.

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A Câmara Municipal de Lisboa vai aumentar o número de ruas onde é proibida a circulação de tuk-tuks na cidade. A decisão vai materializar-se por despacho e procura tornar a atividade "mais controlada", numa altura em que a pressão turística provoca descontentamento em muitos moradores.

Em declarações à Renascença, Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da autarquia lisboeta, revela que há 62 novas ruas nas freguesias de Santa Maria Maior, Penha de França e São Vicente onde a circulação fica limitada ou proibida. No total são agora 337.

"São sobretudo em zonas residenciais. É uma preocupação, a cidade é grande, há espaço para todos", justifica o vice de Carlos Moedas, eleito pelo CDS. A Câmara estima que existam "mais de mil tuk-tuks a circular em Lisboa".

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No rol das novas ruas onde há limitações está a rua da Senhora do Monte, onde passa a ser proibida a circulação a partir das 19h; a "zona do Castelo, que passará a ser toda ela condicionada"; Calçada de Santana, Largo de São Domingos, Calçada de Garcia, Rua do Arco da Graça, Rua de Santiago, Largo dos Lóios, Travessa do Almada, Largo Trindade Coelho.

A ideia é limitar a circulação de tuk-tuks em zonas onde há "atritos" com moradores e aumentar a "fiscalização" para assegurar que isso é cumprido. Estes veículos têm provocado descontentamento na vizinhança também quando estão parados e ocupam lugares de estacionamento.

Essa será outra medida a tomar, mas não para já. Filipe Anacoreta Correia revela que a autarquia vai alargar o número de lugares de estacionamento para 250 (atualmente são pouco mais de 100) e nesses lugares só vão poder parar os tuk-tuks com dístico, só emitindo 400 dísticos.

O "regulamento" que a Câmara de Lisboa se prepara para implementar quer também evitar o número de veículos que está na rua à procura de clientes e quer privilegiar a compra online de bilhetes, libertando assim as zonas com maior pressão turística onde os tuk-tuks se amontoam para transportar clientes.

"Ao fazê-lo estamos a cuidar do futuro desta atividade, não há nenhuma atividade que sobreviva, de modo sustentável, contra a cidade e os seus residentes. Percecionando que há maiores atritos e tensões entre esta atividade e os residentes, intervimos para proteger os residentes, mas também estamos a preservar a atividade", explica o vice-presidente da Câmara de Lisboa.

A decisão da autarquia é tomada no ano em que se realizam as eleições autárquicas. Carlos Moedas mantém o tabu e ainda não revelou se vai ser recandidato. Certa é já a principal adversária, Alexandra Leitão, que vai ser candidata pelo PS. PCP repete o candidato, João Ferreira, atual vereador e o Bloco de Esquerda apresentou Carolina Serrão para concorrer à maior autarquia do país.

Comentários
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  • Maria
    11 fev, 2025 carcavelos 09:48
    Lisboa está uma vergonha,se é para turistas,estes devem ter a "percepção" (agora está na moda esta palavra) que não se pode circular em segurança,ou são as obras eternas nas estradas e pavimentos,ou a quantidade de tuktuks e outros a atravancar o transito,de Stª Apolónia ao Cais do Sodré leva-se mais de uma hora, a 24 de julho está caotica,que saudades de Lisboa de outros tempos.....onde se ía para ver as montras, passear e tomar um café nas esplanadas,tanta gente que morava na baixa, hoje ninguém mora em Lisboa,muitos prédios a ruirem, muiti lixo e mau cheiro nas ruas,não há wc publicos,muita gente faz as necessidades onde pode....enfim é factura do progresso???? ou má gestão camarária e governamental? talvez tudo junto e mais alguma coisa pelo meio.
  • Eleições
    11 fev, 2025 Lisboa 09:33
    O turismo de massas traz destas coisas, e faltou falar entre outros, quando os condutores dos tuk-tuk páram em plena rua para falar de algo aos passageiros e o transito tem de parar atrás deles, e de pouco importa buzinar, que eles não ligam - isto se não vierem "tirar satisfações". Estas medidas só pecam por tardias, e é pena que tenha sido preciso esperar por ano de Eleições para serem tomadas. Moedas percebeu tardiamente, que quem vota são os residentes e não os turistas.

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