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Loures

Deputada municipal do Chega acusada de lesar junta renunciou ao mandato

11 fev, 2025 - 15:11 • Redação com Lusa

O pedido de renúncia ao mandato foi apresentado no final da tarde de segunda-feira.

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A deputada eleita pelo Chega em Loures acusada pelo Ministério Público (MP) pelo crime de participação económica em negócio renunciou ao mandato, confirmou esta terça-feira à agência Lusa fonte da Assembleia Municipal.

O pedido de renúncia ao mandato de Manuela Dias foi apresentado à presidente da Assembleia Municipal de Loures, Susana Amador, no final da tarde de segunda-feira, segundo indicou a mesma fonte.

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Manuela Dias, eleita deputada municipal pelo Chega para o mandato de 2021-2025, foi acusada pelo MP de um crime de participação económica em negócio, que terá cometido quando era presidente da União de Freguesias de Moscavide e Portela, eleita pela Coligação "Loures Sabe Mudar" (PSD/MPT/PPM). Segundo a acusação, a autarca "tomou a resolução de praticar diversos atos de gestão que lesaram gravemente o património", ao atribuir pagamentos a uma empresa gerida pelo seu genro.

"Através das decisões e atos de gestão, a arguida teve como único intuito o seu próprio benefício económico e do seu genro, sabendo que a atuação causava prejuízos à junta", lê-se na acusação. O valor da inscrição para as atividades denominadas de "Multiavidades", "Ginástica" e "Desporto e Aventura" era de 100 euros por semana e para a atividade de "Dança" o valor a pagar era de 50 euros por semana", sendo as inscrições feitas na junta de freguesia.

Contudo, ainda de acordo com a acusação, não foi celebrado qualquer contrato de parceria ou prestação de serviços com a empresa, mas Manuela Dias terá ordenado que a junta pagasse, no ano de 2014, 8.560 euros.

A Lusa contactou Manuela Dias, mas não obteve resposta.

Manuela Dias foi presidente da União de Freguesias de Moscavide e Portela no mandato de 2013 a 2017. Nas eleições autárquicas de 2021 foi candidata pelo Chega à presidência da Assembleia Municipal de Loures, no distrito de Lisboa.

Este é o quarto caso a envolver membros do Chega em cargos públicos nas últimas semanas. A 21 de janeiro, o deputado Miguel Arruda foi alvo de buscas por suspeitas de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada. Como consequência, deixou o grupo parlamentar e foi expulso do partido.

A 6 de fevereiro, foi conhecido que o deputado municipal de Lisboa, Nuno Pardal Ribeiro, está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravada.

No mesmo dia foi também notícia José Paulo Sousa, deputado regional do Chega nos Açores, que foi apanhado a conduzir com uma taxa de alcoolemia de 2,25 g/l, quando a taxa limite para a alcoolização a conduzir ser considerada crime é de 1,2 gramas de álcool, por litro de sangue.

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