12 fev, 2025 - 11:14 • Manuela Pires
O novo secretário-geral do Ministério da Administração Interna criou uma "task force" que está a fazer uma avaliação aos edifícios de esquadras da PSP e postos da GNR para definir quais as obras prioritárias. No Parlamento, onde está a ser ouvida pelos deputados, a ministra da Administração Interna garantiu que é necessário dar dignidade às instalações.
“Neste momento há uma 'task force' constituída pelo novo secretário-geral no sentido de fazer um levantamento de todas as instalações, de todos os programas que são necessários fazer, tendo em conta as prioridades, tendo em conta qual é o estado das esquadras e dos postos e investir no sentido de pormos essas instalações dignas”, disse Margarida Blasco, acrescentando que há já obras em curso em algumas esquadras.
Na audição que decorre na comissão parlamentar de direitos liberdades e garantias, Margarida Blasco disse ainda que o número de agressões às forças de segurança tem aumentado para uma média de 2100 agentes agredidos por ano.
“Há uma média de 2.100 agentes que são agredidos durante o ano. Isso consta do RASI [Relatório Anual de Segurança Interna]. Tem vindo a subir, portanto não foi uma questão porque deviam ser aumentadas as molduras penais, é um estudo que está feito no RASI”, defende a ministra.
Questionada pelo Chega sobre o aumento da criminalidade violenta no país, a ministra recusou falar sem dados e deixou a resposta para o RASI que vai ser apresentado no Parlamento a 31 de março.
Blasco esclareceu ainda que o Governo está a rever a lei de Proteção Civil e apesar de ter sido questionada sobre o balanço da operação dos incêndios florestais e das investigações levadas a cabo sobre os fogos, Margarida Blasco diz que ainda nada tem para anunciar.
“Estão a ser investigados 6080 incêndios e isso dá ideia sobre o trabalho que tem de ser feito” respondeu a ministra Margarida Blasco ao deputado do Bloco de Esquerda.
A PSP recebeu três mil inscrições para o curso e formação de agentes cujo prazo terminou esta terça-feira. O número foi avançado esta manhã pela ministra da Administração Interna que se mostrou satisfeita com este número. Margarida Blasco espera que todas as 800 vagas sejam preenchidas porque é preciso “rejuvenescer” a PSP.
“Não são os números que eram antigamente mas, para 800 vagas, três mil concorrente é satisfatório. Espero que se consigam preencher estas vagas”, diz a ministra.
Margarida Blasco considerou que é preciso tornar a PSP mais atrativa porque há falta de recursos humanos nesta força de segurança.
“A desertificação das forças é evidente. Vamos ter de desenvolver um conjunto de procedimentos, apostar no recrutamento e na atratividade da carreira para inverter essa pirâmide”, avisou a ministra da Administração Interna aos deputados.
[Notícia atualizada às 12h46 de 12 de fevereiro de 2025 para acrescentar mais declarações]