19 fev, 2025 - 13:51 • Liliana Monteiro com Lusa
O primeiro-ministro já devia ter esclarecido a polémica em torno da empresa familiar, defende Pedro Nuno Santos, que entende ser incompreensível que Luís Montenegro não tenha decidido "matar logo" a questão da empresa familiar porque as dúvidas se adensam com o tempo.
"É com alguma incompreensão da minha parte, sinceramente, que o primeiro-ministro não tenha decidido matar logo o assunto porque, à medida que o tempo passa, adensam-se as dúvidas e as perguntas são cada vez mais amplas sobre a empresa familiar", criticou.
Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à escola Damião de Góis, em Lisboa, para acompanhar a formação da Escola Segura, da PSP, o líder dos socialistas recusa a ideia de que seja populista pedir explicações a Luís Montenegro.
Esta terça-feira, o ministro dos Assuntos Parlamentares acusou o PS de estar numa deriva populista e de ter um discurso semelhante ao Chega relativamente às suspeitas de beneficio da empresa familiar de Montenegro. Pedro Nuno Santos acredita que estas críticas são "ridículas".
"Se há coisa que eu tenho feito é desvalorizar a iniciativa do partido de extrema-direita em Portugal. Acho que o Governo deveria ter também, pelo menos para ser simpático, nuances na apreciação que faz dos diferentes partidos porque obviamente nós temos tido uma atitude bem diferente do Chega", demarcou-se.
Isto, de acordo com o líder do PS, não quer dizer que o PS não exija explicações a Luís Montenegro.
"Não é ser populista exigir explicações de um primeiro-ministro. Era só o que faltava que um primeiro-ministro ache e que o seu Governo ache que o senhor primeiro-ministro não tem que dar explicações", contrapôs.
[Notícia atualizada às 14h56 de 19 de fevereiro de 2025 para acrescentar citações]