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Marques Mendes dá as boas-vindas a Gouveia e Melo na corrida a Belém

24 fev, 2025 - 16:25 • Manuela Pires

Marques Mendes leu o artigo de opinião de Gouveia e Melo como uma declaração de candidatura à Presidência da República.

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Marques Mendes deu as boas-vindas ao almirante a uma "maratona presidencial", depois de ter lido o artigo de opinião de Gouveia e Melo como uma declaração de candidatura à Presidência da República.

No artigo publicado no jornal Expresso, Gouveia e Melo define o seu pensamento sobre a presidência da república, diz que ninguém tem o monopólio da política e que um presidente não deve ser “um instrumento partidário”.

O candidato às eleições presidenciais abriu esta tarde a Convenção da SEDES Jovem "Pensar Portugal" que vai contar com outros nomes "presidenciáveis", como António José Seguro, Henrique Gouveia e Melo, Mariana Leitão e António Vitorino.

“Eu vi esse artigo de opinião como uma declaração de candidatura à Presidência da República. E, por isso, saúdo Gouveia Melo por essa declaração de candidatura. É bem-vindo e, portanto, neste momento deixo aqui uma palavra de saudação na perspetiva de que vamos ter aqui uma maratona presidencial que vai ser muito rica no futuro em termos de debate de ideias”, diz Marques Mendes.

Questionado sobre as críticas que Gouveia e Melo faz, indiretamente, a Marques Mendes quando refere que “as pontes não se constroem sobre redes de influência ou intrigas político-partidárias”, o candidato à Presidência da República não quis comentar.

“Neste momento quero ficar-me apenas por uma saudação, por dar as boas-vindas à maratona presidencial e acrescento que vamos ter aqui boas oportunidades e ricas oportunidades para um bom debate de ideias”, referiu.

Na intervenção que fez para uma plateia de estudantes universitários, Marques Mendes voltou a repetir a ideia de que não há política sem políticos.

“Não há política sem políticos e ou temos na política políticos bons, ou temos na política políticos menos bons. E como defendo boas decisões políticas, acho que boas decisões políticas só há com bons decisores políticos. É por isso que eu defendo que era muito importante rever as leis eleitorais para mudar um método de eleição dos deputados, para elevar a qualidade, o mérito e a competência na Assembleia da República”, admite Marques Mendes.

Sobre o caso que envolve o primeiro-ministro e a empresa da família de Luís Montenegro, o candidato presidencial diz que ficou esclarecido e surpreendido com as explicações que foram dadas pelo primeiro-ministro no Parlamento na passada sexta-feira.

“A mim surpreendeu-me, no sentido de que deu um conjunto de esclarecimentos e de explicações maiores, até explicações mais profundas do que eu imaginava. Há outros que pensam de outra maneira, temos que respeitar. Mas eu acho que o Primeiro-Ministro cumpriu a palavra quando disse que ia esclarecer, e acho que esclareceu com maior profundidade do que muitos imaginavam”, diz Marques Mendes.

Para além da qualidade dos políticos, da ambição para Portugal e da ética, Marques Mendes volta a colocar como prioridade a estabilidade política considerando que as sucessivas crises políticas enfraquecem o país.

“Um país que passa a vida em crises, em dissoluções do Parlamento, obviamente que não é levado a sério, e sem estabilidade não é levado a sério. Temos de ser capazes da fazes pontes e mediar consensos”, referiu Marques Mendes, na palestra na Faculdade de direito da Universidade de Lisboa, esta segunda-feira.

Aos estudantes universitários, Marques Mendes apontou os baixos salários como o principal motivo da emigração dos jovens qualificados, dizendo que apenas o crescimento da economia pode levar a aumentos salariais que travem essas saídas e não com “paliativos” como a redução de impostos.

“Resolve-se com algumas medidas fiscais, mas são apenas paliativos, mas a questão de fundo é com a economia a crescer mais que se aumentam os salários”, remata.

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