27 fev, 2025 - 22:47 • Susana Madureira Martins , com redação
A verdadeira paz na Ucrânia não é a rendição mais ou menos disfarçada, defendeu esta quinta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
No banquete oferecido ao Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa deixou duras críticas à nova Administração norte-americana, que acusa de favorecer a Rússia.
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“É fácil de ver que, dia após dia neste último mês, com estes gestos foi-se corroendo a NATO. Os Estados Unidos da América parecem, neste momento, ter decidido favorecer a Federação Russa e os seus aliados na situação existente na Ucrânia em detrimento da União Europeia e seus aliados, o que nem o acordo anunciado consegue fazer esquecer. Verdadeira paz não é rendição mais ou menos disfarçada”, declarou.
O Presidente português disse ainda que a Administração Trump tem “base eleitoral interna”, mas “não legitimidade jurídica internacional” para intervir em território soberano e “atacar a soberania de parceiros, aliados e amigos”.
Marcelo Rebelo de Sousa acusa Trump de “preferir fazer a chamada paz” com a Rússia, “sem a União Europeia”, e “reduzir o papel da Ucrânia a uma sujeição máxima e soberania mínima”.
Com Emmanuel Macron ao seu lado, o Presidente da República pediu uma Europa “unida” e que faça “mais e melhor”, salientando que os líderes europeus foram eleitos para “respeitar na Ucrânia, como noutras situações, os compromissos constitucionais e internacionais”.
Marcelo Rebelo de Sousa alerta que “novos entendimentos não enfraqueçam aos poucos, fazendo de conta que o efetivo respeito da aliança da NATO existe para ser esvaziado por dentro.”
O Presidente discursava no banquete oferecido pelo Estado português ao Presidente de França, Emmanuel Macron, e à primeira-dama, Brigitte Macron, no Palácio da Ajuda.
O jantar encerra o primeiro dia da visita do chefe de Estado francês. Na sexta-feira, Emmanuel Macron estará no Porto.