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Macron. Se EUA aplicarem taxas alfandegárias, Europa vai ter de responder

28 fev, 2025 - 17:38 • Lusa

"Não temos de ser fracos face a estas medidas", disse o chefe do Estado francês, de visita ao Porto.

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou esta sexta-feira que, se os EUA vieram a aplicar taxas alfandegárias aos produtos europeus, a Europa terá de responder porque "não pode ser fraca".

"Se no início de abril, como foi anunciado, forem impostas tarifas aos produtos europeus, os europeus terão de responder, não temos de ser fracos face a estas medidas", disse o chefe do Estado francês em conferência de imprensa na Câmara Municipal do Porto, que visitou esta manhã.

Acompanhado pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, Macron, que respondia a perguntas dos jornalistas, referiu que o que é preciso é, nas próximas semanas, convencer as pessoas de que a decisão norte-americana não é uma boa decisão.

Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que os produtos europeus estarão em breve sujeitos a taxas alfandegárias de 25%.

"Tomámos a decisão e anunciá-la-emos em breve: será de 25%", garantiu Trump, no final da primeira reunião do seu Governo na Casa Branca, acrescentando que a mesma percentagem de tarifas será aplicada aos produtos canadianos e mexicanos, a partir de 2 de abril.

Para Emmanuel Macron, os direitos aduaneiros são maus para todos porque são inflacionistas e, por isso, os Estados Unidos não têm nada a ganhar com eles.

"Além disso, não são a forma correta de corrigir um desequilíbrio comercial", entendeu.

Na opinião de Macron, com a qual Montenegro anuiu, os EUA estão a pensar avançar com a aplicação destas taxas numa altura em que os europeus estão a voltar a investir em esforços de defesa, o que é "um erro de oportunidade".

PM diz que Europa não pode "perder mais tempo" a tornar-se competitiva

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu que a Europa não pode "perder mais tempo" a tornar-se competitiva sob pena de ficar "extremamente dependente" de eventuais oscilações e aumentos das tarifas alfandegárias.
"A Europa não pode perder mais tempo a atrasar-se em ser competitiva", defendeu o primeiro-ministro.
Numa conferência de imprensa conjunta com o chefe de Estado francês, Luís Montenegro afirmou que se a Europa continuar a "ficar para trás" poderá tornar-se "extremamente dependente", dando como exemplo as oscilações nas tarifas alfandegárias.
Questionado sobre o eventual aumento das tarifas alfandegárias, como sugerido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o primeiro-ministro recordou que se tal vier a acontecer, terá implicações tanto para a União Europeia como para os Estados Unidos.

Montenegro e Macron falavam aos jornalistas depois de assinarem o Tratado de Amizade e Cooperação entre Portugal e França, que começou a ser delineado há oito meses, e que hoje resultou em "nove instrumentos de cooperação" entre os governos e associações empresariais.

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