07 mar, 2025 - 11:27 • Teresa Almeida
O presidente da Câmara de Loures espera que haja tempo suficiente para que o Governo coloque na agenda dos vários Conselhos de Ministros que ainda poderão existir, tempo para que se decida o avanço do metro de Loures.
Caso contrário, a autarquia e a população não vão perdoar, avisa Ricardo Leão, à Renascença.
"Eu faço este apelo, faço este alerta, se houve esta capacidade do Governo em levar já uma PPP para Conselho de Ministros, sem previamente articular com a Câmara, eu espero que aquela que estava devidamente articulada com a Câmara seja cumprida, porque eu não conseguiria perceber. A população não vai conseguir perceber se isto não avançar e por isso vão existir vários Conselho de Ministros, ainda e faço este alerta ao governo para incluir aquilo que estava tudo preparado", apela.
Ricardo Leão espera, também, que a expansão do metro não seja usada para "arremessos políticos". O autarca garante que o processo está já avançado com o Governo e que tem tido, nos últimos tempos, várias reuniões com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e com o Ministério das Finanças.
"Garantiram que no mês de fevereiro iriam levar o assunto a Conselho de Ministros, o lançamento do novo concurso público para a expansão do metropolitano a Loures, com novos valores garantidos pelo Orçamento do Estado e por um empréstimo ao Banco Europeu de investimento", detalha.
Presidente da Câmara e Loures não contesta a ideia de recuperar a Parceria Público-Privada no hospital local, o Beatriz Ângelo, que também serve o município de Odivelas.
A medida vai avançar em cinco unidades de saúde. Para além de Loures, vão ser PPP’s o hospital de Braga, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira e Garcia de Orta.
Ouvido pela Renascença, o presidente da Câmara de Loures lamenta não ter sido ouvido sobre o processo, mas não o contesta. Ricardo Leão espera, no entanto, que o hospital se mantenha no quadro dos interesses do SNS.
Para o autarca o importante é que a população seja atendida com qualidade e que por isso não nunca colocará "a ideologia à frente dos interesses da população".
As PPP vão agora ter sob a sua alçada as Unidades Locais de Saúde ligadas aos respetivos hospitais, resultando numa gestão privada dos centros de saúde da respetiva área.