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Crise

Queda do Governo "compromete tudo", diz Miguel Albuquerque

07 mar, 2025 - 16:16 • Lusa

A moção de confiança ao Governo PSD/CDS-PP foi aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, prevendo-se que seja debatida e votada na próxima terça-feira.

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O presidente do Governo da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, considerou nesta sexta-feira que a queda "previsível" do executivo da República na próxima semana "compromete tudo", nomeadamente a vinda de um segundo meio aéreo para combate a incêndios na região.

"As negociações estão fechadas. Está no Orçamento [do Estado a vinda do segundo meio aéreo no verão], mas a queda do Governo compromete tudo", afirmou o chefe do executivo madeirense nas comemorações no âmbito do Dia Internacional da Proteção Civil, que decorreram no centro da cidade de Machico.

"O Governo [da República] vai entrar em gestão a partir de terça-feira. Portanto, penso que já não tem capacidade para tomar medidas", acrescentou o governante madeirense.

Miguel Albuquerque argumentou que esta situação é "um bom exemplo" de que "esta instabilidade política não beneficia ninguém".

Segundo Albuquerque, é necessário "aguardar o que se vai passar no quadro político nacional", adiantando que, "se o Governo cair, como é previsível que caia na terça-feira na Assembleia da República, vamos ter um governo de gestão a nível nacional", existindo uma situação semelhante na Madeira.

Na quarta-feira à noite, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu eleições antecipadas em maio, após o primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), ter anunciado uma moção de confiança que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

A moção de confiança ao Governo PSD/CDS-PP, que governa o país sem maioria absoluta, foi aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, prevendo-se que seja debatida e votada na próxima terça-feira.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção de confiança for rejeitada na terça-feira no parlamento, o Presidente da República convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém, "se possível para o dia seguinte", e o Conselho de Estado, "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

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