09 mar, 2025 - 11:49 • Daniela Espírito Santo
[Notícia atualizada às 12h19 de 9 de março de 2025 para acrescentar mais declarações de Miguel Pinto Luz]
Miguel Pinto Luz veio este domingo defender novamente a moção de confiança como "instrumento legítimo em democracia" e insistir que o cenário de eleições antecipadas tem um único culpado: o principal partido da oposição. O social democrata pede, por isso, ao Partido Socialista (PS) que "seja sério e se deixe de hipocrisia".
"Não vale a pena afastar responsabilidades ou sacudir a água do capote", defende. "Por mais proclamações, desdobramentos de ex-ministros, ex e atuais dirigentes do PS tentando dizer o contrário, o o único responsável pela necessidade do país ser chamado, mais uma vez, a eleições é e será, única e exclusivamente, do Partido Socialista e do seu líder", defende.
O ministro das infraestruturas do Governo social-democrata falou aos jornalistas ao final da manhã na sede do PSD para acusar Pedro Nuno Santos de ter um discurso que se "assemelha cada vez mais a um discurso populista, a um discurso demagógico, infelizmente cada vez mais próximo do discurso de André Ventura".
A 48 horas da votação da moção de confiança no Parlamento, o "apelo que o PSD faz" é um: "Deixem-nos trabalhar. Deixem-nos governar, deixem-nos continuar o trabalho do último ano", pede.
"Na atual situação política, o Parlamento tem de ser claramente se deixa o Governo governar", insiste, garantindo que o partido não abandona a moção de confiança de terça-feira.
"Nesse dia os portugueses vão ver, de forma muito clara, transparente e cristalina, quem quer, de facto, eleições ou não quer eleições em Portugal", reforça, assegurando, mais uma vez, que esse não é desejo dos sociais-democratas.
"O PSD não quer eleições, o primeiro-ministro não quer eleições e, mais do que isso, os portugueses não querem eleições", reitera.
"Que fique claro para todas e todos os portugueses: o Governo não se demitiu dos seus objetivos. O Governo não se demitiu de governar. O Governo não se demitiu de Portugal, dos seus compromissos com o país e com os portugueses. Mas o Governo quer saber, perante o Parlamento, se é também claro que existem condições para continuar este trabalho. Não há lugar a duas interpretações possíveis. O país só vai para eleições se o Parlamento quiser. Não há mais nenhuma hipótese, nem qualquer outra interpretação. Mais nenhuma hipótese ou qualquer outra interpretação", remata.