09 mar, 2025 - 14:23 • Alexandre Abrantes Neves , Daniela Espírito Santo
O Governo convocou um Conselho de Ministros extraordinário e o PS reúne a Comissão Política Nacional, na segunda-feira, na véspera do debate e votação da moção de confiança ao executivo de Luís Montenegro.
O Conselho de Ministros reúne-se na segunda-feira de manhã. Será o último antes da queda do Governo, uma vez que a moção de confiança tem chumbo garantido.
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O encontro começa às 10h00, na residência oficial do primeiro-ministro. As conclusões devem ser conhecidas às 15h00, hora a que está marcado um briefing, já no Campus XXI, também em Lisboa.
Desconhecem-se os temas que serão debatidos na reunião, mas em cima da mesa deverá estar a atual crise política, ou não fosse este encontro marcado 24 horas antes da apresentação de uma moção de confiança do Governo no Parlamento.
A Comissão Política Nacional do Partido Socialista vai reunir-se esta segunda-feira à noite. Segundo apurou a Renascença, a reunião vai realizar-se às 21h00, na sede nacional do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.
Só há um ponto em análise neste encontro, que acontece na véspera da votação da moção de confiança do Governo: a situação política atual.
Já esta manhã, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniu com as 19 federações distritais do partido na sede no Largo do Rato, em Lisboa. À saída, apenas a eurodeputada Carla Tavares, presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), quis prestar declarações.
“O PS está onde sempre esteve com a sua coerência. O Partido Socialista não quer eleições, o Secretário-Geral do Partido Socialista não quer eleições, é importante que o PSD reflita sobre a sua proposta que tem para uma moção de confiança que já sabe - à partida e sempre soube - qual seria a posição do Partido Socialista”, afirmou já no exterior da sede do Largo do Rato, desvalorizando também as palavras de Miguel Pinto Luz, que acusou este domingo Pedro Nuno Santos de se aproximar de “um populismo semelhante ao Chega”.
Presidente da Assembleia da Republica ainda acredi(...)
Questionada pelos jornalistas se estaria preocupada com possíveis atrasos no PRR e prejuízos para as autarquias devido às eleições antecipadas, Carla Tavares garantiu apenas que os “presidentes das federações distritais estão absolutamente unidos na posição do PS” e prontos “para todos os desafios”.
O debate da moção de confiança ao governo está marcado para a próxima terça-feira, às 16h00. Perante os votos contra anunciados pelo Chega e pelo PS, o documento tem chumbo praticamente garantido, o que torna quase certa a queda do governo.
A decisão fica depois nas mãos do Presidente da República e a opção mais provável passa pela dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições legislativas antecipadas, as terceiras em três anos. Marcelo Rebelo de Sousa já adiantou poder marcar a ida as urnas para 11 ou 18 de maio.
Perante a crise política, o PS já anunciou querer apresentar uma comissão de inquérito ao caso Spinumviva. Também duas moções de censura ao governo (apresentadas pleo Chega e PCP já foram discutidas e chumbadas no parlamento.
A polémica começou em fevereiro, depois de várias noticias sobre a empresa familiar do primeiro-ministro. Luís Montenegro tem estado debaixo de fogo e com suspeitas de conflito de interesses depois de o semanário Expresso ter revelado que a Spinumviva recebia uma avença mensal de 4.500 euros da empresa de casinos, Solverde.
[notícia atualizada às 18h21]