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Climáximo diz que crise política é "sintoma de um sistema em guerra com as pessoas e o planeta”

10 mar, 2025 - 11:02 • Olímpia Mairos

Na opinião do coletivo, “a instabilidade política em Portugal não é um acaso, faz sim parte de um contexto global e europeu em que as elites já não se entendem entre si”.

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O Climáximo, coletivo por justiça climática, diz, em comunicado, que a crise política é “um sintoma de um sistema que está em guerra com as pessoas e o planeta”.

A organização entende que “a constante instabilidade governamental e o falhanço em dar resposta às crises climáticas e sociais que assolam as pessoas é sinal de um sistema que foi construído para falhar e que não tem emenda”.

Na opinião do coletivo, “a moção de confiança e uma nova ronda de eleições legislativas não vão conseguir resolver o maior problema de fundo das vidas das pessoas comuns: há um sistema económico fóssil e uma elite que vai sempre privilegiar as decisões em nome do lucro das empresas, e não no interesse das pessoas e do planeta”.

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Para a porta-voz Mariana Rodrigues, citada em comunicado, “a instabilidade política em Portugal não é um acaso, faz sim parte de um contexto global e europeu em que as elites já não se entendem entre si”.

“Como sempre, são as pessoas comuns que perdem nesta situação: é só olhar para o acordo imperialista para dividir os recursos da Ucrânia, a proposta de Von der Leyen de investimento em armas de guerra em vez de uma transição energética justa, ou a ascensão da extrema-direita em vários países”, aponta.

Na visão do Climáximo, “eles preferem investir na guerra contra as pessoas e contra o planeta: no armamento, nas fronteiras, nos despejos, nos projetos que aumentam emissões de gases com efeito de estufa, nos combustíveis fósseis”.

“Nós, as pessoas comuns, temos de construir a paz. E isso significa parar de acreditar que este sistema vai resolver os nossos problemas, tomar ação direta, e construir a democracia de forma popular e participativa”, acrescenta a nota.

O coletivo lembra ainda que “já nas eleições legislativas do ano passado, vários apoiantes do Climáximo fizeram várias ações de protesto com o mote “travar a crise climática não está na mesa de voto”.

“Um ano depois, a mensagem só fica mais atual: este sistema foi feito para falhar. É hora de construir algo novo”, defende Mariana Rodrigues.

No último Encontro Nacional por Justiça Climática, o Climáximo lançou um apelo para a participação numa “assentada popular”, marcada para o dia 1 de junho, no aeroporto de Lisboa para “parar aviões, cortar emissões, e por mais transportes para o povo”, um momento que apontam como de “democracia direta”.

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