10 mar, 2025 - 22:47 • Diogo Camilo
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Luís Montenegro vendeu ações do banco BCP uma semana antes de tomar posse como primeiro-ministro, com mais valias de 200 mil euros, revelou o próprio numa entrevista à TVI realizada esta segunda-feira, véspera da votação da moção de confiança ao Governo.
O tema foi trazido pelo primeiro-ministro, que contou uma história que remonta a 1998, indicando que os seus rendimentos são justificados: "Foram sempre do trabalho, e também, aqui ou ali, dos meus investimentos."
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Para "antecipar" futuras notícias que possam surgir, o primeiro-ministro disse que há 27 anos realizou um empréstimo para comprar ações do então BPA - Banco Português do Atlântico -, que passou para o BCP e que está em todas as declarações no Tribunal Constitucional.
Um investimento "muito sofrido", por ter estado muito tempo em perda, decidindo comprar o equivalente ao que já tinha para recuperar a poupança acumulada.
Uma semana antes de se tornar primeiro-ministro, venceu as ações com mais valias de 200 mil euros.
"Se eu tivesse mantido as ações, tinham triplicado o seu valor", sublinhou Luís Montenegro.
O primeiro-ministro que garante que, "com certeza", avança com nova candidatura a prováveis eleições legislativas antecipadas mesmo se for constituído arguido.
Na entrevista à TVI, Luís Montenegro afirma que não tem nenhuma razão para se demitir e manifesta uma convicção: "não cometi nenhum crime" no âmbito da empresa familiar Spinumviva.
"Não me demito porque não tenho razão para me demitir. No momento em que eu tiver consciência de que há uma razão para cessar funções, não é preciso ninguém apontar-me a porta", disse o primeiro-ministro, que também não desiste da moção de confiança, que vai ser debatida e votada na terça-feira.