10 mar, 2025 - 09:30 • João Malheiro
A vice-presidente da Câmara de Vila Nova Gaia, Marina Mendes, diz que a autarquia quer reduzir o "risco de exclusão social" da população imigrante no município.
Na Conferência "Imigração: O desafio da proximidade" promovido pela Renascença, em parceria com Vila Nova de Gaia (VNG), Marina Mendes realça que o concelho "é muito procurado pela população imigrante", que triplicou entre 2018 e 2023.
Até 31 de dezembro de 2023, havia 919 pessoas imigrantes em Gaia, das quais 55.7% estavam em situação irregular. Já 2.7% eram refugiados.
A vice-presidente da autarquia gaiense descreve "um processo complexo", para combater "riscos de vulnerabilidade social". A habitação, o emprego e a saúde são algumas das áreas de maior fragilidade para os imigrantes da autarquia.
"Barreiras culturais e linguísticas" persistem, assim como o desconhecimento de direitos e deveres. A "precariedade laboral e a sobrelotação habitacional" são dois dos desafios a que Gaia quer dar resposta.
"Imigração é o reflexo das condições sociais e económicas de uma sociedade globalizada. O fenómeno das migrações é um reflexo da nossa humanidade. Independente das nossas origens, estamos todos conectados", defende.
Marina Mendes garante, ainda, que a "metodologia colaborativa" da Câmara de VNG está a dar uma boa resposta às necessidades da população migrante e a rede social da autarquia é "um capital do qual muito nos orgulhamos".
"Ainda existem preconceitos. Estamos atentos e a trabalhar de forma próxima e integrada", afirma a representante do Executivo camarário.