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Instabilidade política "não é uma boa imagem" exterior do país

11 mar, 2025 - 12:35 • André Rodrigues , Olímpia Mairos

Na visão do economista João Cerejeira, a mudança de Governo “faz um adiamento até da própria capacidade da negociação de Portugal junto das instituições europeias”.

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A instabilidade política não é o melhor cartão de visita para a imagem exterior do país. A tese é do economista João Cerejeira.

No entanto, em declarações à Renascença, o professor da Universidade do Minho lembra que - comparativamente com outros parceiros europeus - Portugal ainda é um país confiável.

Não é uma boa imagem, quando temos governos que não duram sequer um ano ou pouco mais de um ano”, diz o economista, ressalvando, no entanto, que, “se estivermos atentos àquilo que se passa noutros países da Europa, por exemplo, agora, com a situação da Roménia” ou da Hungria, mas também as “polémicas bastante mais graves que tem Espanha, Portugal tem passado relativamente incólume”.

“Agora, é óbvio, a mudança de Governo faz um adiamento até da própria capacidade da negociação de Portugal junto das instituições europeias, quando estão em discussão grandes pacotes, seja no âmbito dos quadros de apoio, seja neste grande pacote da defesa”, assinala.

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O Governo da AD entra na tarde no Parlamento para o debate da moção de confiança, depois de ter sobrevivido a duas moções de censura.

A moção tem chumbo anunciado, o que, a confirmar-se, levará à queda do Governo, um ano e um dia depois da vitória da AD nas legislativas.

O XXIV Governo será o segundo executivo a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança, depois da queda do I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares.

Face a este cenário, o Presidente da República já antecipou que as datas possíveis para realizar eleições legislativas antecipadas são a 11 ou 18 de maio.

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