11 mar, 2025 - 00:34 • Diogo Camilo
Foi uma curta declaração depois de horas de reunião da Comissão Política Nacional. Pela voz de Carlos Zorrinho, o Partido Socialista diz estar “totalmente unido” para votar contra a moção de confiança apresentada pelo Governo.
O PS diz que a moção “não é do interesse do país” e que é “do seu interesse único” e Zorrinho atira: “Montenegro preferiu a turbulência à transparência, mas o Partido Socialista está focado no interesse dos portugueses e percebe que, nessas circunstâncias, vai travar eleições e vai apresentar o seu programa e as suas alternativas”.
Questionado sobre vozes socialistas que apelaram para que a moção seja retirada, o membro da Comissão Política Nacional indicou que Luís Montenegro “não se deixou demover” e “encontrou uma forma estranha de se demitir”, como disse Pedro Nuno Santos anteriormente.
Zorrinho indicou ainda que futuras coligações nas legislativas, como por exemplo o Livre, “não foram abordadas” na reunião.
À saída, Álvaro Beleza indicou que "foi penoso ouvir" o primeiro-ministro e diz que o Governo "ainda vai a tempo" de recuar na moção da confiança e evitar eleições.
"Prefiro um primeiro-ministro que dê a sua palavra a ter um habilidoso. Tenho muito orgulho que o meu secretário-geral seja um homem honesto", afirmou.
Em entrevista esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos garantiu que não recua no chumbo da moção de confiança que será discutida esta terça-feira e que só se evitam eleições antecipadas através do retirar da moção de confiança pelo Governo.
[notícia atualizada às 00h50 com as declarações de Álvaro Beleza]