11 mar, 2025 - 08:01 • Jaime Dantas , Salomé Esteves
A sondagem da Aximage, para a edição desta terça-feira do "Diário de Notícias", dá uma vitória ao PS com 30,8% dos votos. A Aliança Democrática (AD) é a escolha de 25,8% dos inquiridos.
A margem de erro é de 4%, pelo que o cenário é de empate técnico. De todo o modo, a crise política em volta da empresa familiar de Luís Montenegro parece ter mesmo invertido a têndencia que vinha sendo analisada neste barómetro, com o PS subir 2,7% em relação a fevereiro e a AD a recuar 3,5%.
Quase metade (45%) dos 601 inquiridos neste estudo consideram que a culpa desta crise é do primeiro-ministro e 16% atribuem a responsabilidade ao executivo como um todo, existindo ainda uma parte (23%) que culpa os partidos da oposição. A mairoria dos entrevistados (59%) quer novas eleições.
Quanto aos restantes partidos, o Chega mantêm-se na terceira posição com 17,3%, uma queda comparativamente a fevereiro, quando somava 18,4% das intenções de voto, seguido da Iniciativa Liberal, que sobe da casa dos 5 para os 7% em relação ao mês passado, Bloco de Esquerda (4,3%), Livre (2,5%), CDU (2,4%) e PAN (0,8%).
A sondagem foi realizada quando já era conhecida a vontade do governo de apresentar uma moção de confiança ao Parlamento, entre sexta e sábado da semana passada. Metade (50%) dos inquiridos diz que Luís Montenegro não tem condições para continuar a chefiar o executivo.
Este é o segundo estudo, em sete, publicado em 2025 em que o PS surge à frente da AD. No final de janeiro, uma sondagem da Intercampus colocava o PS com 24,7% e a AD com 24,4%.
Quando este barómetro passa pelo filtro da Sondagem das Sondagens - o agregador de sondagens da Renascença - a coligação Aliança Democrática e o Partido Socialista aproximam-se e estão a pouco mais de um ponto percentual de distância. A AD regista 30,3% e o PS, 29%.
Depois da queda impulsionada pela última sondagem da Pitagórica, o Chega sobe ligeiramente dos 15,8% para os 16,2%.
Nos partidos pequenos, a Iniciativa Liberal (6,5%) e o Bloco de Esquerda (3,1%) são os únicos que crescem. Já o Livre (2,8%), a CDU (2,8%) e o PAN (1,1%) caem ligeiramente.