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Centeno diz que europeus "têm de estar disponíveis" para travar guerra na Europa

12 mar, 2025 - 15:39 • Lusa

"Nós vivemos na Europa, somos parte da Europa. A Europa tem uma guerra que tem de vencer", afirma governador do Banco de Portugal.

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O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, defendeu esta quarta-feira que os europeus "têm de estar disponíveis" para travar a guerra na Europa, que precisa de investimentos e recursos.

"Nós vivemos na Europa, somos parte da Europa. A Europa tem uma guerra que tem de vencer. A guerra é na Europa, não é em mais nenhum sítio do mundo. Essa vitória que queremos, nessa dimensão, precisa de investimentos, precisa de recursos, e os europeus têm de estar disponíveis para a travar", afirmou Centeno no encerramento do Fórum da Banca, que hoje se realizou em Lisboa.

O governador do BdP registou que a Europa já identificou outras transições, para as quais se adaptou -- como nos casos das transições energética e digital.

Nesse sentido, apontou que as reformas necessárias devem ser feitas num contexto, quer na perspetiva europeia, quer na perspetiva nacional, de estabilidade orçamental.

A nível nacional, Centeno voltou a alertar para a necessidade de haver um acautelamento face à existência de ciclos económicos.

"Gozamos, e bem, de uma situação cíclica muito positiva em Portugal -- que não na Europa, já", apontou, dizendo que Portugal continua a crescer acima do seu crescimento potencial, em média.

O governador, cujo mandato atual termina em junho, considerou que não deve haver complacência e pensar que a situação cíclica "se vai perpetuar".

"A pior coisa que podemos fazer hoje é, provavelmente, do pior que fizemos no passado: sentarmo-nos em cima de uma situação cíclica positiva e pensarmos que essa situação cíclica se vai perpetuar. Não é assim, não foi assim e não será assim no futuro", alertou.

A nível nacional, Mário Centeno sublinhou que Portugal beneficia de uma situação "orçamental, financeira e económica invejável".

"Podemos ser ambiciosos, hoje, coisa que no passado dificilmente conseguíamos ser", assinalou.

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