12 mar, 2025 - 10:20 • André Rodrigues
O Partido Socialista admite o eventual regresso a uma geringonça à esquerda, diz à Renascença o deputado João Torres.
“Neste momento, em cima da mesa, não creio que esteja nenhum tipo de entendimento pré-eleitoral com outros partidos políticos”, sublinha o deputado que, contudo, não fecha a porta a entendimentos no futuro: “eu diria que sim e, aí, aquilo que o PS tem como muito claro é que se privilegia, evidentemente, os parceiros à esquerda”, no que poderá ser uma reedição da solução governativa de 2015.
Questionado se o PS teria cometido um erro ao dizer, desde a primeira hora, que reprovaria uma moção de confiança, João Torres afasta esse cenário e devolve responsabilidades ao Governo.
MOÇÃO DE CONFIANÇA
Foram várias as tentativas em colocar o ónus da cu(...)
“O Partido Socialista deu todas as condições para que AD governasse o país: não só não apresentamos uma moção de censura, como inviabilizamos duas moções de censura. Não tendo exigido esta moção de confiança, considero que foi um ato provocatório por parte do Governo de negação ao escrutínio”, critica.
“Aquilo a que ontem assistimos foi a um primeiro-ministro a brincar aos países”, acrescenta João Torres que, perante a iminência de eleições antecipadas, diz que consideraria “inconcebível que, perante a gravidade da situação, a solução não seja a convocação de eleições antecipadas… mas creio que, desse ponto de vista, o senhor Presidente da República tem sido bastante coerente. Não vejo razão para que não o fosse desta vez”.