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Miranda Sarmento acredita que PSD está "unido na liderança" de Montenegro

12 mar, 2025 - 11:40 • Lusa

O ainda ministro das Finanças acrescentou que vai continuar no exercício do cargo no governo em gestão, "ajudar a AD a ganhar as eleições" e que, "depois, o primeiro-ministro tomará as decisões" sobre uma potencial nomeação no próximo executivo.

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O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse esta quarta-feira que acredita que o PSD "está unido na liderança de Luís Montenegro", depois da rejeição da moção de confiança que levou à queda do Governo.

"Creio que o PSD está unido na liderança de Luís Montenegro, que será o candidato a primeiro-ministro", afirmou o governante, à margem da conferência Fórum da Banca, que se realiza em Lisboa.

Joaquim Miranda Sarmento garantiu que o executivo "vai fazer o que normalmente um governo em gestão faz", ao "tomar as decisões correntes" e deixar preparados os processos para "as decisões mais estratégicas serem tomadas pelo próximo" executivo.

O ministro acrescentou que vai agora continuar como ministro das Finanças do governo em gestão, "ajudar a AD a ganhar as eleições" e que, "depois, o primeiro-ministro tomará as decisões" sobre uma potencial nomeação no próximo executivo.

Questionado pelos jornalistas, Miranda Sarmento rejeitou ainda que esta crise política possa pôr em risco a economia nacional.

Ainda no encontro, Miranda Sarmento fez uma espécie de balanço do mandato do atual Governo, destacando, além das medidas, a subida do "rating" da República Portuguesa pela Morningstar DBRS em janeiro e pela Standard & Poor"s em fevereiro.

"Claramente, as agências de "rating" olham hoje para Portugal como um país seguro, estável e confiável", registou, admitindo que também a Fitch poderá "seguir as outras duas agências e também subir" a classificação portuguesa.

Para os próximos anos, Miranda Sarmento apontou "várias reformas que o país tem de fazer", destacando os setores da justiça, do sistema fiscal, do mercado laboral e, "provavelmente a menos referida, mas que é absolutamente fundamental", da gestão financeira do setor público.

"Trazê-la dos anos 80 para a realidade da segunda década do século XXI, para a realidade tecnológica e de gestão dos dias modernos", sublinhou o atual ministro.

Na sessão, Miranda Sarmento registou a evolução do setor bancário nos últimos anos.

Na sua intervenção, o ministro assinalou que se o Estado mantiver a sua posição no Novo Banco "continuará a receber montantes em torno de 200 a 250 milhões de euros de dividendos".

A crise política foi desencadeada há cerca de um mês após notícias sobre uma empresa familiar que pertenceu ao primeiro-ministro, a Spinumviva, levando à apresentação de duas moções de censura do Chega e PCP, ambas chumbadas. .

Face às dúvidas que os partidos continuaram a manifestar, o primeiro-ministro anunciou a apresentação de uma moção de confiança, rejeitada na terça-feira, que provocou a queda do Governo.

As dúvidas sobre antiga empresa de Luís Montenegro, que antes de ir para o Governo passou à sua mulher e mais recentemente aos seus filhos, levou o PS a apresentar uma comissão parlamentar de inquérito para produzir resultados num prazo de 90 dias. .

No debate em plenário, o Governo admitiu retirar a moção de confiança caso o PS reduzisse o tempo do inquérito para 15 dias, mas o PS rejeitou.

Após uma interrupção dos trabalhos durante meia hora, o PSD fez saber que propôs ao PS que o inquérito durasse até final do mês de maio, ou seja, cerca de dois meses, proposta que também foi rejeitada pelo PS. O requerimento do PS para uma comissão de inquérito propõe um prazo de até 90 dias.

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