12 mar, 2025 - 09:31 • Maria João Costa , Olímpia Mairos
O PSD remete para mais tarde qualquer anúncio sobre eventuais coligações. À Renascença, o vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata Hugo Carneiro lembra que para a noite desta quarta-feira está marcada uma reunião do Conselho Nacional do PSD, do qual, diz, deverá sair um forte apoio a Luís Montenegro.
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“Temos um Conselho Nacional do Partido Social Democrata e eu espero que esse conselho nacional dê um apoio muito vigoroso e forte ao atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, e, portanto, a partir daqui irá iniciar-se o processo de elaboração, enfim, dos programas e dos projetos que cada partido vai apresentar”, afirma Hugo Carneiro.
“Nós não deixaremos de apresentar o nosso e, a seu tempo, o partido dirá exatamente o que é que vai fazer em termos de coligações”, acrescenta.
MOÇÃO DE CONFIANÇA
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Hugo Carneiro considera que o Governo viu o mandato interrompido de forma injusta, garantindo que não há um crime e que tudo isto são calúnias e difamação.
“Este Governo viu o seu mandato interrompido pelo Parlamento de forma injusta, porque não há um crime, um facto que coloque em causa a ética ou a idoneidade do primeiro-ministro”, diz. O vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata acrescenta que “tudo isto são calúnias e difamação”.
“O primeiro-ministro disponibilizou-se a ir a essa comissão de inquérito só que, ao contrário daquilo que o Partido Socialista quer, que é colocar o primeiro-ministro a assar durante meses numa comissão de inquérito, o que nós pretendíamos é que essa comissão de inquérito pudesse ocorrer num prazo relativamente curto, que poderia ir até maio”, explica.
“O facto de o Partido Socialista ter deitado abaixo o Governo, que levará à dissolução da Assembleia da República, impossibilita que essa comissão de inquérito possa começar já, já, já, como eles queriam”, sublinha.
Crise política
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Nestas declarações à Renascença, Hugo Carneiro assegura que os social-democratas vão para as eleições “muito tranquilos e muito seguros e firmes sobre o caminho que estamos a trilhar”.
“Nós tentamos, até à última hora, que não existissem eleições, o Partido Socialista fechou-nos a porta, não quis conversa com a AD, precisamente para evitar eleições e com a sujeição do primeiro-ministro à comissão de inquérito, recusaram”. O espírito do PSD “é o espírito de quem está tranquilo e com consciência tranquila”, destaca.
“E vamos para esta campanha eleitoral que se avizinha, com a certeza de que temos razão e a justiça está do nosso lado. E o povo português não vai deixar passar em claro as mentiras e toda a calúnia que foi produzida. Portanto, não é indiferente a tudo o que tem acontecido e irá decidir bem, não tenho dúvidas nenhuma”, assinala.
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O vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata destaca ainda que os partidos do centro sempre conversaram e acusa o PS de ter radicalizado o discurso, igual ou pior que o Chega.
“Em décadas de democracia, os dois grandes partidos sempre conversaram, mesmo divergindo muitas vezes. Mas, no essencial, que tem a ver com a instituição, com a democracia, sempre se conseguiram entender. E aquilo a que nós assistimos foi uma radicalização do Partido Socialista que está igual ou pior que o Chega. Infelizmente, eu tenho que fazer esta afirmação, porque quem recorre à mentira para fazer política, não pode ser elogiado, bem pelo contrário”, acusa.
Hugo Carneiro insiste que o espírito dos social-democratas é o “de quem sabe que tem a razão do seu lado”.
“Cabe-nos a nós, olhando para aquilo que são os problemas e os desafios do país, de convencermos os portugueses que estamos certos do rumo que é necessário para o país poder recuperar o atraso que teve durante oito anos de governação do Partido Socialista”, remata.